Documentário sobre graffiti manauara ganha nova data de estreia

Em nota postada no perfil oficial do projeto no Instagram, os organizadores comunicaram que o lançamento virtual do documentário foi adiado para o dia 15 de fevereiro, ao contrário da data original de 19/1, por conta da atual situação da pandemia da Covid-19 em Manaus. Os interessados podem acompanhar o perfil @florestaurbanaviva para mais novidades sobre o projeto.

Reunindo depoimentos dos principais nomes do graffiti de Manaus, o documentário amazonense “Os Traços Urbanos da Floresta” será lançado no Youtube no dia 15 de fevereiro. A produção conta com o apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Manaus, por meio do Edital Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020 – Lei Aldir Blanc.

O documentário faz um recorte das carreiras artísticas de grafiteiros da capital amazonense que utilizam a cidade como tela de suas obras e colorem o espaço urbano. O filme nasceu da conversa entre o fotógrafo e videomaker Homero Lacerda e o grafiteiro Arab, codinome de Rogério Arab, que também conta sua relação com a arte e o espaço público ao longo da produção.

A inspiração dos dois surgiu quando constataram que o graffiti como arte e o estilo de vida em volta da arte de rua tinham pouca ou quase nenhuma documentação. “A mensagem que o documentário oferece é a dessa possibilidade do graffiti como expressão dos amazônidas, é falar pra Manaus e pra quem mais estiver disposto a ouvir quais são os desafios e os motivos de ser tão especial compor a cena manauara”, conta Homero, que é diretor e montador do filme.

Com a produtora Cristine Pinagé, a equipe tomou forma, os artistas foram selecionados e as gravações foram realizadas na rua, mas levando em consideração os desafios impostos pela pandemia da Covid-19.

“Basicamente o roteiro foi construído em cima da própria vivência de arte urbana. Procuramos por outros documentários, conversamos com o pessoal do graffiti e gravamos nos cenários em que os artistas mais se sentem representados. Procuramos acrescentar os contextos sociais envolvidos, as suas referências. Acho que esse doc é um divisor de águas em Manaus”, relata Cristine.

Presença feminina e periférica

Entre os entrevistados, estão nomes como Débora Erê, Lore Paes, Gaby e Zet, que que trouxeram representatividade à obra e mostraram as dificuldades, como maternidade e machismo dentro da cultura do graffiti e como a cena vem se reinventando. O documentário também investiga as diversas vertentes dessa arte de rua, como o pixo, bomb e stickers. Foram entrevistados também os artistas Paradise, Zet, Arab, Liu, Olhinho, Gnos, Alessandro Hipz, Raiz, Máfia, Nixon e Knort.

Um mural também foi produzido durante as filmagens e contou com a participação de Rosie, Biels e Smith.

“A poética é a mesma: a lata ou o vídeo são suportes pra gente expressar a arte”, assim resume o graffiteiro Liu, um dos entrevistados do documentário, que também trabalhou como assistente de produção no filme.

“É muito mais que pintura ou material, o graffiti tá numa questão de atitude, de se expressar publicamente. Ele tem essa categoria de democratizar a arte, de trazer a arte pra todo mundo ver”, ressalta Raiz Campos, um dos grandes expoentes da arte na capital amazonense e que também teve seu trabalho documentado na obra.

Serviço

O quê: Estreia virtual do documentário “Os Traços Urbanos da Floresta”
Quando: 15/2 (segunda), às 18h
Onde: Canal no Youtube do documentário – bit.ly/2WOm30y
Quanto: Gratuito

Fonte: Viva Manaus

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