Centro de Londres enche-se com protestos anti-Trump

Donald Trump efetuou as deslocações durante a visita londrina a bordo de um helicóptero, aparentemente alheio às vozes de protesto que se propagaram pela capital britânica.

Mas era difícil não reparar no balão de seis metros que representava o presidente norte-americano de fralda e telemóvel na mão, pronto a enviar mais um “tweet”. Os criadores dizem que é a única forma de responder a Trump.

Daniel Jones, criador do balão de protesto: “Quisemos usar humor para fazer rir as pessoas e dar um impulso à população norte-americana que toma ações contra as políticas de Trump. Mas também quisemos destacar um ponto sério: as políticas de direita xenófoba nos Estados Unidos e também aqui no Reino Unido, às quais é preciso opôr-se.”

O lançamento do balão foi efusivamente aplaudido pelas centenas de manifestantes reunidos em frente ao Parlamento de Westminster. Este e outros protestos originais foram autorizados pelo presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, um dos alvos das críticas de Trump na polémica entrevista ao tablóide “The Sun”.

Sadiq Khan: “Não me cabe censurar ou decidir o que é de bom ou mau gosto, mas aceitar que existem, em Londres, muitas coisas que devem ser celebradas e uma delas é a liberdade de expressão.”

Vincent McAviney, euronews: “Este protesto está repleto de famílias e pessoas de todos os setores da sociedade. Contrariamente aos antecessores, Donald Trump não pode passar pelas portas de Downing Street. Mantiveram-no essencialmente afastado do centro de Londres, voando de um lado para o outro em helicóptero, ao mesmo tempo que os protestos decorriam num ambiente de bom humor.”

Um bom humor, mas com mensagens fortes dos manifestantes contra Trump:

“É o meu primeiro protesto, aos 45 anos de idade. Donald Trump é um homem detestável e tudo o que representa é tudo aquilo a que se opõe a nossa nação, por isso pensei que a sua visita ao Reino Unido era finalmente o momento de tomar uma posição.”

“Trump é abominável e o fato de o recebermos é flagrante e vergonhoso.”

“Esta é uma marcha importante, porque estamos num momento crítico para os Estados Unidos e os norte-americanos estão a ficar cansados. Por isso, sinto-me encorajada pelo fato dos nossos amigos britânicos estarem dispostos a avançar e ajudar-nos a recuperar energia, a refocalizar e a combater e resistir.”

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