Venezuela e Panamá retomam as ligações aéreas
A Venezuela e o Panamá retomaram, desde ontem (27/04), as operações aéreas entre ambos os países, suspensas desde 05 de abril último por ordem do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O anúncio foi feito por Maduro, numa conferência de imprensa no Poliedro de Caracas, durante a qual explicou que uma hora antes tinha conversado telefonicamente com o seu homólogo panamiano, Juan Carlos Varela, e com o primeiro mandatário da República Dominicana, Danilo Medina.
Nicolás Maduro agradeceu a Daniel Medina pela sua intermediação diplomática e por ter ajudado “a passar a página” nas relações entre o Panamá e a Venezuela.
Por outro lado, explicou que teve “muito boa comunicação” com Juan Carlos Varela e que, “como presidentes”, têm diferenças de critérios em muitos assuntos, mas que chegaram a “um acordo para ter melhores relações bilaterais e tratar de canalizar as diferenças e problemas, de uma melhor maneira”.
No passado dia 5 de Abril, o Presidente Nicolás Maduro suspendeu as relações económicas e financeiras com 22 pessoas e 46 entidades jurídicas do Panamá, entre elas a Copa Airlines, uma das principais companhias aéreas da América Latina.
A medida deixou “em terra” milhares de passageiros que tiveram que usar outros países para fazer ligação até ao Panamá, entre eles os EUA e a Colômbia.
A suspensão, válida por 90 dias renováveis, abrangeu o Presidente do Panamá, Juan Carlos Valera, a ministra de Relações Exteriores, Isabel de Saint Malo, o ministro da Presidência, Álvaro Alemán, e a ministra de Governo, Maria Luísa Romero.
A medida, segundo Caracas, deveu-se “ao uso recorrente do sistema financeiro panamiano, por venezuelanos, para mobilizar dinheiro e bens provenientes de delitos contra o património público”.
Entretanto, o Governo panamiano anunciou que a adopção de medidas de retorsão contra a Venezuela, a partir de 25 de Abril, suspendendo as operações de sete companhias aéreas venezuelanas também por 90 dias, prorrogáveis.
A 30 de Março passado, o Panamá decretou sanções contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e ainda outros 54 funcionários governamentais e 16 empresas venezuelanas, por “alto risco” em matéria de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e de armas de destruição maciça.