Susam cria serviço para evitar complicações em pacientes com pé diabético

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) criou um serviço de acompanhamento ambulatorial a pacientes com pé diabético, complicação decorrente do diabetes que provoca feridas nos membros inferiores que podem evoluir para úlcera.

Pacientes que recebem alta do serviço ambulatorial de tratamento das lesões provocadas por problemas vasculares ou relacionadas ao diabetes são assistidos no Ambulatório de Egressos. O serviço, que funciona na Policlínica Codajás, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, foi criado com o propósito de evitar novas complicações, que possam ocasionar, até mesmo, a amputação de membros.

Desde outubro do ano passado, quando foi criado, o Ambulatório do Egresso já atende mais de 150 pessoas. Uma vez por mês é organizado um encontro para recepcionar pacientes que ganharam alta do tratamento de lesões, na rede ambulatorial da Susam, ocasião em que os profissionais que atuam no projeto explicam sobre a necessidade de manter o acompanhamento e prevenir novas complicações.

Um desses encontros ocorreu nesta quinta-feira (10/05), quando novos pacientes foram acolhidos no serviço. “Quando estes pacientes recebem alta, suas lesões estão cicatrizadas, mas é prudente que deem continuidade aos cuidados necessários, no Ambulatório de Egressos, para que não tenham novas complicações. Aqui, apresentamos para eles tudo o que é oferecido em termos de assistência, incluindo a medicação para o tratamento do diabetes, que é gratuita na rede pública, e como vai ser esse tratamento, ao longo do tempo”, explica a coordenadora da equipe, enfermeira Karina Barros.

Equipe multidisciplinar – No Ambulatório de Egressos, os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar especializada, composta por médico angiologista, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e técnico de enfermagem. “Todos esses profissionais estão imbuídos a dar continuidade ao acompanhamento desses pacientes, para que tenham controle sobre o diabetes e não voltem a ter lesões nem complicações”, afirma Karina.

A agricultora Magnólia Nascimento é uma das pacientes que iniciará o tratamento no Ambulatório de Egressos. Moradora da zona rural de Novo Airão, ela sofreu um ferimento no pé e passou por tratamento no Hospital e Pronto-Socorro 28 Agosto. Agora, com a ferida tratada, seguirá o acompanhamento do diabetes na Policlínica Codajás. “Foi tudo ótimo, no 28 de Agosto. Médicos atenciosos, uma enfermeira muito cuidadosa. Eu orava bastante para sair bem. Entrei andando e disse que sairia andando, com meu pé preservado. Agora, vou continuar o tratamento aqui para evitar novos ferimentos”, declarou.

Como participar – Após receber alta do ambulatório de tratamento de lesões, o enfermeiro do setor faz o encaminhamento para o serviço de acompanhamento. Os novos usuários do Ambulatório de Egressos são acolhidos pela equipe, no encontro mensal que realizam para mostrar o funcionamento do serviço.

Pé Diabético – O programa “Pé Diabético” funciona da seguinte maneira: após receber atendimento no hospital ou pronto-socorro, o paciente é encaminhado para o serviço ambulatorial especializado no tratamento da lesão.

Cinco policlínicas da rede estadual de saúde estão aptas para o serviço: Dr. José Lins, Codajás, Zeno Lanzini, Danilo Corrêa e Gilberto Mestrinho. Nessas policlínicas, o atendimento é feito por profissionais especializados, e a lesão é tratada por meio do uso de curativos de alta tecnologia.

Somente após esta etapa, com a cicatrização total do ferimento, é que os pacientes são encaminhados para o Ambulatório de Egressos.

A diretora da Policlínica Codajás, Shaira Castro, ressalta que o atendimento aos pacientes é feito com agendamento prévio. “O ambulatório funciona todos os dias, e agendamos os pacientes para garantir que eles possam chegar e ser logo atendidos, sem necessidade de filas. Como sabemos que muitos moram em regiões distantes, agendamos consultas com diferentes profissionais, no mesmo dia, para os pacientes. Assim, em um dia, eles já fazem uma série de acompanhamentos e não precisam se deslocar muitos dias para cá”, explicou.

FOTO: DIVULGAÇÃO/SUSAM

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