Ribeirinhos e indígenas recebem atendimento médico pela Internet

Com seis professores e dezoito acadêmicos dos cursos de Medicina e Enfermagem, a Universidade Nilton Lins iniciou esta semana os atendimentos via satélite, de moradores que residem em comunidades ribeirinhas, indígenas e de pacientes que não tem acesso a postos de atendimento e unidades de saúde no interior do estado.

A iniciativa faz parte do projeto Telessaúde, desenvolvido e lançado esta semana pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com a instituição e com a Universidade do Estado do Amazonas.

Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, via Internet, com apoio de um agente de saúde comunitário que acompanha as consultas nos locais e identifica as principais demandas e necessidades de cada comunidade para repassar aos especialistas, que realizam os atendimentos e orientações diretamente dos consultórios e laboratórios da Nilton Lins, no campus localizado na zona Centro-Sul de Manaus.

Na avaliação da reitora Giselle Lins, a iniciativa é um marco para a saúde no Amazonas e para a própria universidade, que agora pode estar presente e dar assistência diretamente para uma parcela da sociedade que dificilmente teria acesso a qualquer serviço de saúde.

“Estamos cumprindo um de nossos principais objetivos que é expandir para além dos muros, as atividades já desenvolvidas de apoio e suporte a comunidade. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade única para os acadêmicos, que além de mergulhar na realidade do nosso estado, podem colocar em prática o conhecimento adquirido”, afirmou a reitora.

Consultas

         Coordenador do curso de Enfermagem da Universidade Nilton Lins, e um dos integrantes das equipes que realizam os atendimentos online, o professor Tezeu Bonfim Machado explica que as principais demandas, até o momento, são os atendimentos aos recém-nascidos e de mães em pré-natal.

         “É muito gratificante oferecer aos acadêmicos esta oportunidade e poder levar a orientação profissional a locais que dificilmente poderíamos chegar, como fizemos esta semana com os moradores tradicionais da Comunidade do Piranha, que está a 26 quilômetros da cidade de Manacapuru e mais de 110 quilômetros do local onde estamos”.

         O médico, e também professor da Universidade, Alessandro Silva Pontes, esclarece que as consultas são realizadas seguindo os mesmos procedimentos adotados presencialmente, inclusive com solicitação e envio de exames, quando necessários.

“Se o paciente já dispõe dos exames, como sangue, por exemplo, eles são remetidos pela Internet para nossa análise, dando mais velocidade ao diagnóstico. Logicamente, em casos que consideramos necessários, fazemos o encaminhamento ao centro médico mais próximo”, acrescentou o médico.

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