Pressão alta atinge cada vez mais jovens, alerta cardiologista

Com o objetivo de chamar atenção para a importância da prevenção e tratamento adequado para a hipertensão arterial, abril foi definido como o mês nacional de combate desta que é uma das doenças mais comuns do Brasil, e que popularmente conhecemos como pressão alta.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão arterial afeta atualmente um em cada quatro brasileiros adultos no país. A doença ocorre quando existe um aumento anormal da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo, e dentre as suas principais causas estão: obesidade, histórico familiar, consumo excessivo de sódio, estresse e envelhecimento.

Mas afinal, como identificar que uma pessoa sofre de pressão alta?

O cardiologista do Sistema Hapvida, José da Silva Leitão explica que uma pessoa é considerada hipertensa, quando mesmo em repouso a sua pressão arterial, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg).

“Na maioria das vezes, a hipertensão arterial não provoca nenhum sintoma e, quando isso ocorre, significa que o paciente já pode ter tido o comprometimento de algum órgão. Isso é perigoso porque, sem um controle adequado, a pressão alta aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como AVC, infarto, insuficiência cardíaca e renal”, destaca.

Já em casos sintomáticos, o médico destaca alguns sinais como tontura, dor de cabeça, visão turva, dor no peito e zumbido no ouvido. Para diagnosticar ou até mesmo prevenir a hipertensão, a recomendação é consultar um cardiologista, pelo menos, uma vez por ano. “Também é muito importante a verificação adequada e rotineira da pressão arterial”, complementa o especialista.

O cardiologista também esclarece que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não existe uma idade mínima para desenvolver a doença que é considerada crônica e não tem cura. “Temos observado um número cada vez mais alto de jovens com hipertensão e isso se dá pelo sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares inadequados”, ressalta.

Ainda de acordo com o médico, a prevenção da doença passa pela prática regular de atividades físicas e dieta equilibrada. Ele também chama a atenção para a importância de as pessoas com hipertensão redobrarem os cuidados com a Covid-19, já que pacientes com doenças crônicas tendem a apresentar formas mais graves do novo coronavírus.

“Por ser uma doença inflamatória e trombogênica, a Covid-19 pode agravar ainda mais o quadro clínico do infectado. Mais do que nunca, é importante continuar seguindo o tratamento e fazer o uso contínuo da medicação receitada pelo médico. Prevenir e tratar a doença, e diagnosticá-la de maneira precoce é fundamental”, alerta.

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