Janeiro Branco: Manaus tem ações permanentes para saúde mental

Campanha dedicada a chamar atenção das pessoas, instituições e autoridades para a importância da saúde mental da sociedade, o Janeiro Branco é um alerta sobre os fatores que definem o bem-estar emocional, psicológico e social do indivíduo e maneira como pensamos, sentimos e agimos quando enfrentamos a vida.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde de 2019, 23 milhões de brasileiros, ou seja, 12% da população, apresenta sintomas de transtornos mentais. Ainda, de acordo com a pesquisa, ao menos 5 milhões sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.

No Amazonas, não há dados oficiais atualizados, mas segundo o psiquiatra do Hospital Nilton Lins (HNL) e coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da Universidade Nilton Lins, Pablo Gnutzmann Pereira, a pandemia de Covid-19 aumentou exponencialmente a demanda pelos serviços de saúde mental, por conta de fatores como insegurança, medo, luto, isolamento, desemprego e o desconhecimento da doença, que contribuíram para o aumento dos transtornos mentais, principalmente da ansiedade e da depressão.

Gnutzmann, que faz parte dos profissionais que realizam o atendimento psiquiátrico no HNL, ressalta a importância do Janeiro Branco, mas destaca a necessidade permanente de se buscar a saúde mental e o bem-estar pessoal – no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade – que são resultantes de complexas interações que incluem fatores biológicos, psicológicos e sociais.

“É preciso estar sempre atento para alguns sintomas de alerta como alteração do sono e do apetite, fadiga, sentimento de culpa e de tristeza persistentes, medo excessivo, estado de apreensão na maior parte do dia, episódios de mal-estar físico sem causa orgânica, dificuldade de sentir prazer nas atividades que costumava apreciar, irritabilidade, impulsividade e impaciência”, explicou Gnutzmann.

*Saúde Mental*

“A maior parte das pessoas pensam em ‘saúde mental’ como ‘doença mental’. Mas é um conceito mais amplo e, da mesma forma que a ‘saúde’ não é apenas a ausência de doença, a saúde mental é mais do que apenas a ausência de perturbação mental”, afirmou o especialista.

De acordo com Pablo Gnutzmann, é necessário que a sociedade em gera perca o medo e desfaça os estigmas da consulta com o psiquiatra, uma vez que nem todos os pacientes precisam de uma abordagem farmacológica.

“Mesmo assim, as medicações quando bem indicadas visam a melhora da qualidade de vida das pessoas. A manifestação de alguns dos sintomas citados sinaliza a importância de uma avaliação com especialista qualificado”, concluiu.

No Hospital Nilton Lins, há um setor ambulatorial exclusivamente voltado para a psiquiatria. Os atendimentos são realizados mediante agendamento prévio pelo número de WhatsApp (92) 3643-2133 para pacientes particulares e do plano You Saúde.

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