Doze meninos e o técnico de futebol são retirados de caverna após três dias de resgate

Todas as 13 pessoas que estavam na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, foram retiradas com apoio de dezenas de mergulhadores. Os últimos quatro meninos e o técnico do time de futebol saíram do local nesta terça-feira, 10, o terceiro dia de resgate e o mais desafiador, porque chovia e havia mais pessoas a serem resgatadas.

A dramática situação dos meninos presos na caverna comoveu o mundo. Doze garotos entre 11 e 16 anos e seu técnico de futebol entraram no local há 17 dias e só puderam sair depois de uma operação de resgate que envolveu 1 mil profissionais vindos de várias partes do mundo.

A missão era muito difícil: os estreitos, lamacentos e inundados caminhos eram um desafio até mesmo para mergulhadores experientes, que levavam cerca de seis horas para percorrer 4 km até onde estava o grupo. Um deles morreu após levar suprimentos aos meninos, que estavam presos uma encosta cercada de água.

As equipes de resgate chegaram a considerar tirá-los pela superfície da montanha, mas a profundidade era grande demais – entre 800 m e 1 km. E ainda havia risco de desmoronamento caso o solo fosse perfurado. Drenar boa parte da água também era uma opção, mas os esforços tinham pouco resultado – milhões de litros de água eram bombeados para fora da caverna, mas a chuva impedia o avanço do trabalho.

O governo tailandês também considerou esperar meses até que nível da água baixasse, já que a saída pela água seria muito arriscada – alguns dos meninos não sabiam nadar e nenhum deles sabia técnicas de mergulho. Mas, durante o fim de semana, a chuva deu uma trégua e a operação de resgate foi colocada em prática. A queda no nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono também pressionaram as equipes a abreviar o resgate.

O entorno da caverna começou a ser esvaziado ainda no fim da noite de sábado (7). Os mais de 1 mil jornalistas que acompanham o resgate tiveram que se afastar da região. Nesta terça, um jornalista estrangeiro foi detido pela polícia por colocar um drone para sobrevoar a entrada da caverna. Tudo foi feito para preservar os meninos e seu treinador. Conforme as vítimas eram salvas, os nomes não eram divulgados nem para a família delas. Questões culturais, relacionadas ao respeito, explicam essa decisão.

Algum tempo depois que os últimos meninos e o treinador deixaram a caverna, o médico que estava lá dentro com eles também saiu. Além da Marinha, líderes internacionais, como  a premiê Theresa May, comemoraram o sucesso da ação.

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