Documentário sobre Eduardo Suplicy estreia no Festival do Rio

Primeira eleição após o impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef, num cenário político conturbado, o Partido dos Trabalhadores busca a difícil reeleição de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2016.

O ex-senador Eduardo Matarazzo Suplicy, derrotado na reeleição para o quarto mandato no Senado em 2014, se candidata a vereador. Esse é o pano de fundo de Quatro Dias com Eduardo, primeiro documentário sobre o político Eduardo Suplicy, que estreia no dia 16 de dezembro, segunda-feira, no Festival do Rio de 2019.

Selecionado para a mostra não-competitiva Itinerários Únicos, o longa leva o espectador a acompanhar a rotina intensa e imprevisível do candidato nos últimos dias de campanha até a vitória.

Suplicy se elegeu com 301,4 mil votos, conquistando o título de vereador mais bem votado da história do Brasil. “O filme tem uma perspectiva mais contemplativa ao olhar para o cenário político brasileiro dos últimos anos. Ainda que se passe inteiramente em 2016, traz uma atualidade dentro de uma abordagem menos panorâmica e mais intimista. Também é um registro de uma personalidade icônica da política brasileira e da primeira eleição após o impeachment, uma espécie de termômetro para 2018”, explica Victor Hugo Fiuza, diretor do longa-metragem.

Para rodar Quatro Dias com Eduardo, o diretor, junto com a produtora Glenda Almeida e o diretor de fotografia Thiago Rios, saíram do Rio de Janeiro para acompanhar a agenda carregada e acelerada do candidato pela imensa São Paulo. “A persistência, algumas vezes inusitada, de Eduardo Suplicy sempre nos chamou atenção. O que poderíamos descobrir estando mais perto?”, indagou Glenda.

A equipe mergulhou em uma rotina intensa e cheia de compromissos. Ao trazer isso para as telas, o espectador irá conhecer a vida privada e os bastidores do fazer político de Eduardo Suplicy.

Em parceria com uma equipe técnica de São Paulo, o grupo foi a comícios no Capão Redondo; a uma tradicional missa católica de domingo; assistiu a uma peça de teatro sobre Cartola no centro; a entrevistas para imprensa e também acompanhou uma aula de ginástica após comemorar a vitória nas eleições.

Rodado de forma independente, Quatro Dias com Eduardo teve uma campanha de financiamento coletivo. “Estrear no Festival do Rio é abrir o filme para o mundo numa das principais janelas cinematográficas do país, mas se sentindo reconhecido em casa. Acho um privilégio”, finaliza Victor Fiuza.

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