Crise total: bolsa de SP despenca 11% e para operações

Ibovespa cai nesta quinta-feira (12) e aciona o terceiro circuit breaker da semana acompanhando o desempenho do MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), que despencou 16% no pré-market de hoje. O ETF já teve um desempenho bem pior, fechando em queda de 13%, que o do principal índice da B3 ontem por conta da derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pelo Congresso. A fala do presidente americano, Donald Trump, só acionou ainda mais gatilhos de queda depois disso.

Trump proibiu todos os voos entre a União Europeia e os EUA, à exceção do Reino Unido, para conter a pandemia de coronavírus, prejudicando ainda mais o comércio global. Os investidores ainda tinham esperança de que ele fosse anunciar estímulos, mas em vez disso, o presidente tomou uma decisão que deve piorar o desempenho das empresas no mundo todo. Nos EUA, o pré-market das bolsas teve circuit breaker após queda de mais de 5% no S&P Futuro. O Dow Jones Futuro recua 5,22%.

Às 10h26 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 11,65% a 75.247 pontos, acionando mais um circuit breaker hoje. Os negócios serão retomados a partir das 10h52, após um call de 5 minutos.

Enquanto isso, o dólar comercial sobe 2,79% a R$ 4,8496 na compra e a R$ 4,8525 na venda. O dólar futuro para abril sobe 1,92%, para R$ 4,912. O Banco Central colocou US$ 1,28 bilhões de US$ 2,5 bilhões ofertados no leilão à vista.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe 49 pontos-base a 6,09%, DI para janeiro de 2023 dispara 70 pontos-base a 7,10% e DI para janeiro de 2025 também sobe 70 pontos-base a 8,12%, acionando limite de negociação.

O número de casos do coronavírus superou 125.000 um dia depois da declaração de pandemia feita ontem pela OMS. O petróleo tem 2ª queda seguida e WTI chega a US$ 30 na mínima; metais têm baixa expressiva em Londres.

O Banco Central Europeu (BCE) aprovou novas medidas de estímulo para ajudar a economia da zona do euro em meio à pandemia de coronavírus, mas manteve as taxas de juros.

A autoridade monetária informou que vai oferecer novos empréstimos aos bancos, oferecerá instrumentos de liquidez previamente acordados a taxas ainda mais favoráveis e aumentará temporariamente a compra de ativos.

FONTE: Brasil 247

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