Crise neoliberal: Argentina congela preços da gasolina por 2 meses

No mesmo dia em que decidiu pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para conter a escalada do dólar, o governo argentino negociou com as empresas do setor de energia um acordo para congelar os preços dos combustíveis durante os próximos 60 dias.

Com isso, evitou o aumento de 12%, que as companhias tinham previsto implementar, depois que a moeda norte-americana sofreu uma valorização na Argentina e também em outros países emergentes, como Chile e Brasil.

Presidente Maurício Macri fala na Assembleia Geral da ONU
Presidente Maurício Macri luta para manter a inflação sob controle e congelou preços de combustíveis (Arquivo/Jason Szenes/EPA/Agência Lusa/direitos reservados)

O motivo do congelamento, assim como o eventual acordo com o FMI, é manter a inflação sob controle. O governo do presidente Maurício Macri liberou os preços dos combustíveis que, em 2017, aumentaram 32%, acima da inflação de 25%.

Diante da disparada do dólar na semana passada, e o aumento do barril do petróleo, que superou os US$ 75, as empresas argentinas do setor energético já tinham planejado ajustar seus preços. Mas o governo conseguiu convencê-las a mantê-los congelados durante dois meses.

Segundo nota do Ministério de Energia, firmaram o acordo com Macri a estatal YPF, a Shell Argentina e a Pan American Energy. O congelamento termina em julho, quando as empresas terão autorização para compensar as perdas acumuladas.

Nesta quarta-feira (9), a oposição abre outra frente contra o governo no Congresso. Vai apresentar na Câmara dos Deputados um projeto de lei para limitar as tarifas dos serviços públicos, que Macri também liberalizou.

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