Corrupção: Flavio Bolsonaro lavou cerca de R$ 1,6 milhão

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou que o volume de depósitos em dinheiro vivo na conta da franquia Kopenhagen, do senador Flavio Bolsonaro, era desproporcional em relação a outros negócios semelhantes.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, investigadores também afirmam que datas de entrada dos recursos do estabelecimento coincidia com as datas em que o ex-assessor de Flavio, Fabrício Queiroz, arrecadava parte dos salários dos empregados do então deputado estadual.

O estabelecimento é propriedade do atual senador desde 2015. A suspeita é que a propriedade tenha sido usada para lavar dinheiro de um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flavio Bolsonaro, de 2007 a 2018. A loja chegou a ser alvo de busca e apreensão na quarta-feira, 18.

Segundo o MP, o volume de dinheiro lavado pode chegar a R$ 1,6 milhão entre 2015 e 2018. A ação seria feita para simular vendas fictícias feitas pela empresa, dando a aparência legal ao recebimento.

O volume de depósitos em dinheiro vivo foi equivalente a cerca de 35,7% dos recebimentos via cartão de crédito e débito, desde que Flavio assumiu a franquia. Segundo a Folha, o percentual já chegou a 41,8%. O antigo dono afirmou em depoimento que essa proporção girava em torno de 20%.

Ainda de acordo com o site, entre 22 de novembro e 7 de dezembro de 2015 os depósitos em espécie chegaram a 92% do recebimento por cartões. Além disso, o período coincide com o início do pagamento de 13º de servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

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