Coronavírus: Brasil é o 4º com maior número de casos no mundo

Há um clima de alerta global em relação ao Brasil: dados divulgados no domingo (3) pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças da Europa indicam que o país já é quarto com maior número de casos registrados por covid-19 nos últimos 14 dias, informa o jornalista Jamil Chade no UOL.

Ao mesmo tempo, a OMS indicou que o Brasil já registrou o quarto maior número de mortes no mundo em 24 horas, considerando números entre sábado e domingo.

Nos organismos internacionais, a gestão da crise e a conduta de Bolsonaro são avaliadas como agravantes e o temor é de que, assim como nos EUA, presidido por Trump, a epidemia saia do controle no Brasil, ameaçando até mesmo países vizinhos.

“A nova crise envolvendo o Brasil aprofunda o sentimento de desconfiança da comunidade internacional em relação ao governo de Jair Bolsonaro. (…) a atitude de Bolsonaro diante da pandemia é alvo de programas de TV no exterior, artigos em alguns dos principais jornais do mundo e duro questionamento por parte de especialistas e pela própria ONU”.

Os novos números da agência oficial da União Europeia confirmam esse temor. Em 14 dias (considerando até o dia 3 de maio), foram 59,9 mil novos casos confirmados no Brasil. No total, o país registrava 96,5 mil.

Nos últimos 14 dias, a liderança é dos EUA, com 397 mil novos casos. A Rússia vem em segundo lugar, com 87 mil, contra 68 mil no Reino Unido.

Países que até agora tinham os maiores números, como a Espanha e Itália, passaram a registrar um volume inferior ao do Brasil nas últimas duas semanas. No caso italiano, foram 33 mil novos casos nos últimos 14 dias. A Espanha registrou metade do número de casos que o Brasil. No total, esses países aparecem com um número superior de casos que o Brasil.

Mas é a aceleração de casos, de mortes e a falta de um plano que geram uma especial preocupação. Em termos de mortes nas últimas 24 horas até o dia 3 de maio, o Brasil aparecia no informe da OMS na quarta posição, com 428 casos confirmados. Nos EUA, foram 5 mil, contra 621 no Reino Unido e 474 na Itália.

Os números europeus sobre o Brasil coincidem com os alertas realizados por Donald Trump, que passou a citar o país em suas coletivas de imprensa ao citar a situação “difícil” vivida pelo governo de Bolsonaro.

O Brasil foi alvo de um protesto por parte de deputados do Parlamento Europeu. Os parlamentares enviaram uma carta ao alto representante da UE para Assuntos Exteriores, Josep Borell, criticando Bolsonaro e alertando que sua atitude poderia ter agravado a crise, segundo Chade.

FONTE: Brasil 247

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