Combate ao coronavírus segue sem ações no Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declara, no âmbito do regulamento sanitário internacional, emergência de saúde pública internacional. O Ministério da Saúde reforça que nada muda, no Brasil, até o momento, apesar da declaração da organização internacional, as orientações serão analisadas e seguidas pelo ministério da Saúde.

O ministério atualiza dados sobre casos suspeitos de coronavírus no Brasil, na última quinta-feira (30), em uma coletiva de imprensa, realizada em Brasília. Até quarta (29), o Brasil já registrou nove casos suspeitos de coronavírus. Os casos foram registrados em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Ministério da Saúde já recebeu um total de 43 notificações de municípios, sendo que nenhum caso foi confirmado até o momento.

O Brasil atualmente está no nível 2 de risco, chamado de risco iminente, ao se confirmar algum caso, o país vai entrar no nível 3, que é o nível máximo, chamado de risco de saúde pública de importância nacional. Existe um caso em Belo Horizonte que passa por exames e aguarda confirmação. A Fiocruz vai apresentar o laudo nos próximos dias. “Não estamos no olho do furacão como a China” tranquiliza o secretario Wanderson Kleber.

Ao todo, já são 7.818 casos confirmados no mundo, sendo que 7.736 foram confirmados na China. O país conta ainda com 12.167 casos suspeitos. Já morreram 170 pessoas em decorrência da doença.

No Brasil, dos 43 casos foram notificados ao ministério da Saúde, apenas nove permanecem como suspeitos e 28 foram excluídos, por não atingirem aos requisitos. Seis casos foram descartados porque não tinham sintomas compatíveis com os critérios. O secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Wanderson Kleber, afirma que os dados são dinâmicos e devem ficar mais estáveis nos próximos dias, sendo que um paciente pode entrar numa classificação e mudar na sequência. Por ser uma doença nova todos os dias são feitas atualizações.

O secretário-executivo, João Gabbardo dos Reis, afirma que não há motivo para fechamento de fronteiras. Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não haveria por parte do governo brasileiro iniciativa para retirada de cidadãos brasileiros da China como foi feito por outros países. O ministério afirma que essa decisão se mantém. O governo não vai interferir na retirada de brasileiros e deixa claro, que eles podem voltar por conta própria quando quiserem. O secretário-executivo explica que alguns brasileiros não conseguiram retornar para o país, por estar em região da China que está mantida em quarentena pelo governo chinês.

Responsável pela (SVS), Wanderson Kleber, afirmou que o “momento de aprendizado. É por precaução que estamos monitorando uma quantidade maior de pessoas”. O ministério informa que profissionais estão recebendo treinamento para lidar com a situação e existe treinamento internacional previsto para a próxima semana. O governo recebe apoio da Organização PanAmericana de Saúde e da Fiocruz.

Os profissionais de saúde estão sendo orientados a fazerem ao menos três perguntas para todos os pacientes que ingressarem nos hospitais: Você tem febre? Você tem sintomas respiratórios? Você viajou nos últimos 14 dias para a China? Caso as três respostas forem positivas, o paciente receberá uma máscara e será enviado para um local isolado.

FONTE: Congresso em Foco

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