Com provas, advogada de Nilton Lins mostra que família temia pela vida e achou casa estava sendo assaltada

Em entrevista concedida neste sábado (5), a advogada de defesa do empresário Nilton Lins Júnior, Dora Cavalcanti, reforçou que os tiros disparados pelo empresário, durante o cumprimento dos mandatos da Operação Sangria, na última quarta-feira (2), foram em legítima defesa, por entender que se tratava de uma nova tentativa de assalto à sua residência, situada na zona Centro-Sul de Manaus.

Fato amplamente divulgado pela imprensa na época, na madrugada do dia 19 de julho de 2011, Lins e outras sete pessoas, entre membros de sua família e funcionários, se tornaram reféns por quase uma hora, após a invasão da casa por dois assaltantes armados, que pularam o muro e ameaçaram atirar em todos caso não lhes fossem entregues bens e valores.

Após uma troca de tiros com seguranças e a negociação com o próprio empresário, os assaltantes foram rendidos pela Polícia Militar ao tentar deixar o local.

De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) na época, Orlando Amaral, no total, outras pessoas foram identificadas na quadrilha que realizou o crime, todos eram ex-presidiários e com passagem anterior na polícia por assalto.

Segundo a advogada, no sequestro e tentativa de assalto em 2011, eram oito pessoas envolvidas e os dois que invadiram a casa estavam usando coletes da polícia na ocasião, fato que gerou uma preocupação intensa e permanente na família e que fez com que tomassem uma série de medidas de segurança.

“Na quarta (2), dia da operação, o interfone não estava funcionando e não tinham visão externa da casa para identificar que era a Polícia Federal. Todos foram surpreendidos ainda de madrugada, com murros na porta e tudo levava a crer que se tratava de um novo assalto”, confirmou a advogada Dora Cavalcanti.

Confira a entrevista na íntegra:

Pedidos de ajuda

Como provas que atestam a veracidade dos fatos e o receio da família diante da possível ameaça, a advogada apresentou mensagens de texto e áudio enviadas pelo aplicativo WhatsApp pelo empresário e por seus familiares, no momento em que ouviram os barulhos na porta de casa, nas quais eles comunicam sobre o assalto e pedem ajuda.

Em um dos áudios, o próprio empresário pede: “assalto aqui em casa, corre todo mundo pra cá, assalto aqui em casa”. Em outro áudio, sua esposa, com a voz nervosa e com barulho de cães ao fundo, também pede ajuda e comunica o assalto.

“Eles estavam trancados em casa e temendo por sua vida e integridade. Se fosse possível identificar naquele momento que era uma diligencia da Polícia Federal, obviamente a postura teria sido muito diferente”, ressaltou a advogada, ao acrescentar que a ocorrência já foi esclarecida e superada perante as autoridades policiais e que uma fiança foi paga.

Neste domingo (6), termina o prazo estabelecido para a prisão temporária de todos os envolvidos na Operação Sangria e a advogada Dora Cavalcanti já formalizou o pedido de revogação, uma vez que as diligências da Polícia Federal e o recolhimento de provas e depoimentos já foram concluídos.

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