Com Alckmin e Aécio na corrupção, PSDB vive inferno astral

A apenas 6 meses do 1º turno da eleição para definir quem ocupará a Presidência da República pelos próximos 4 anos, 1 dos principais partidos do Brasil, o PSDB, passa por uma série de turbulências.

A sigla, que chegou muito perto de conquistar o Planalto na última eleição, aproxima-se da disputa com seus principais nomes enfrentando ações na Justiça. Pesa também o fato de o pré-candidato à Presidência pelo partido, Geraldo Alckmin, não conseguir deslanchar nas pesquisas.

O Poder360 lista os principais complicadores envolvendo o partido:

AÉCIO NEVES
Ainda no limbo sobre a disputa eleitoral de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a ganhar os holofotes do Judiciário na última semana.

STF aceita denúncia: por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal aceitou na última 3ª (17.abr.2018) denúncia por corrupção. Em nota, Aécio disse que não cometeu crime e que é vítima de uma ardilosa armação de criminosos confessos, aliados a integrantes do Ministério Público, que construíram enredo para aparentar que cometeu alguma ilegalidade. O senador foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, em 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O dinheiro seria usado para pagar a defesa do congressista na Lava Jato, o que não se concretizou, sustenta a PGR.
Serraglio alega pressão: em discurso no plenário da Câmara na última 4ª feira (18.abr.2018), o deputado Osmar Serraglio (PP-PR) afirmou que sofreu pressões de Aécio e Renan Calheiros (MDB-AL) quando era ministro da Justiça no governo do presidente Michel Temer, no ano passado. Serraglio disse ainda que, ao ter o pedido negado, Aécio atribuiu a Calheiros a função de pressionar a demissão do ministro.
Dinheiro da JBS: em novo depoimento à PGR, o empresário Joesley Batista falou que pagou R$ 50 mil por mês para o senador, ao longo de 2 anos. Os repasses teriam sido realizados por meio de uma rádio da qual Aécio foi sócio até 2016. Em nota enviada à Folha de S.Paulo, o advogado de Aécio Neves, Alberto Toron, disse que Joesley Batista se aproveita de uma “relação comercial lícita” para “forjar mais uma falsa acusação”. “O senador jamais fez qualquer pedido nesse sentido ao delator, da mesma forma que, em toda a sua vida pública, não consta nenhum ato em favor do grupo empresarial”, afirma.
Recursos eleitorais: Joesley Batista afirmou em depoimento à Polícia Federal ter repassado R$ 110 milhões ao senador durante a campanha do tucano à Presidência em 2014, em troca de apoio do mineiro nos negócios da J&F, empresa de Joesley e seu irmão, Wesley Batista. De acordo com a defesa de Aécio, Joesley tenta de forma desesperada manter o acordo de delação premiada que aguarda análise do STF. “Os recursos doados às campanhas do PSDB em 2014 somaram R$ 60 milhões e estão devidamente registrados no TSE, abertos à consulta pública”, alega a defesa.
Dívidas de campanha: depois de pagar os R$ 110 milhões, Joesley ainda disse que foi procurado novamente por Aécio. O senador teria pedido mais R$ 18 milhões para cobrir dívidas da campanha à presidência de 2014. A partir daí, ficou acertado que a transação seria mascarada com a compra de um prédio em Belo Horizonte.
GERALDO ALCKMIN
Empacado: o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin possui de 6% a 8% das intenções de voto, de acordo com pesquisa DataPoder360 divulgada no último sábado (21.abr). Ele minimiza os efeitos: “[As pesquisas] fotografam ondas do momento. Cada fotografia com as características típicas da máquina que fotografou. […] Além disso, o voto não vai se decidir agora. Vai se decidir lá na frente. Vai ser fruto de reflexão, comparação e debate”, disse Alckmin ao Poder360.
Sem alianças: pré-candidato ao Planalto pelo Podemos, o senador Alvaro Dias (PR) disse ao Poder360 que não cogita apoiar o Alckmin. “É mais fácil ele desistir e me apoiar. Por que não?”, indagou.
Odebrecht: 3 delatores da construtora afirmaram à Procuradoria Geral da República que Geraldo Alckmin usou o cunhado para pegar R$ 10,7 milhões do setor de propinas da empreiteira.
OPERAÇÕES NOS ESTADOS
PSDB paulista: o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes negou na semana passada liminar que pedia a soltura de Paulo Vieira de Souza, conhecido como operador de parte do PSDB de São Paulo. Com a decisão, está mantida a prisão preventiva do ex-diretor da Dersa, empresa paulista de infraestrutura rodoviária.
Mensalão mineiro: o julgamento dos embargos infringentes do ex-governador tucano de Minas Gerais Eduardo Azeredo está marcado para esta 3ª (24.abr). Caso sejam negados, Azeredo pode ser preso. Ele foi condenado em 2ª Instância a 20 anos e 1 mês de prisão pela acusação de lavagem de dinheiro e peculato no esquema conhecido como mensalão mineiro.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *