China se opõe a EUA sobre situação do Tibete
A China expressou na última sexta-feira (27/04) oposição a uma resolução do Senado dos Estados Unidos sobre a reencarnação do Dalai Lama, dizendo que ela interfere nos assuntos internos da China.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, fez as observações em uma coletiva de imprensa diária em resposta a uma pergunta relativa à questão do Tibet e direitos humanos na China.
O Senado dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira uma resolução, segundo a qual a responsabilidade de identificar um futuro 15º Dalai Lama pertence apenas aos funcionários do escritório privado do 14º Dalai Lama, e que qualquer interferência do governo chinês é inválida.
“A resolução reflete que algumas pessoas nos Estados Unidos são inexplicavelmente ignorantes e arrogantes”, comentou Hua.
É conhecido de todos que a reencarnação de um Buda vivo no Budismo Tibetano é um sistema de herança único que tem uma história de centenas de anos, e segue rituais religiosos integrados e convenções históricas, disse Hua, enfatizando que a reencarnação do Buda vivo deve seguir esses rituais, convenções e leis e regulamentos da China e não dever sofrer interferência por qualquer um ou qualquer país estrangeiro.
“Os congressistas e funcionários dos Estados Unidos deveriam se concentrar em servir seu próprio povo, porém, é uma pena que eles sempre ignoraram seletivamente os problemas que eles enfrentam no país e expressam entusiasmo incomum para interferir nos assuntos internos dos outros países”, disse Hua.
Sobre a questão dos direitos humanos, o Departamento de Estado dos EUA divulgou recentemente Relatórios sobre Práticas de Direitos Humanos dos Países em 2017, criticando a condição dos direitos humanos e assuntos étnicos da China.
“Os Estados Unidos enfrentam muitos problemas em casa”, disse Hua. Citando o Histórico de Direitos Humanos dos Estados Unidos em 2017, divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado da China, dizendo que a discriminação racial sistemática intensificou a divisão social nos Estados Unidos.
A China pede às pessoas relevantes nos Estados Unidos que lidem adequadamente com seus próprios problemas antes de criticar irresponsavelmente outros países, disse Hua.