Brasil perde para Itália em jogo festivo do tetra

O clima “retrô” foi a característica mais marcante do evento que marcou a volta da seleção brasileira de masters, na noite desta quinta-feira, num jogo festivo contra a Itália em alusão à final da Copa do Mundo de 1994.

Em campo, o retorno da famosa dupla de ataque formada por Bebeto e Romário, campeã e consagrada naquele ano com a camisa amarela, ajudou a aplacar a saudade do público presente ao Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, de uma era em que os grandes ídolos do futebol estavam mais para “lendas” do que para “astros”.

O evento, por sinal, chamado de Seleções de Lendas, escancarava essa intenção logo à entrada da praça esportiva, localizada no bairro da Gentilândia.

No acesso ao velho PV, como é carinhosamente apelidado pelos cearenses, o contato com referências musicais dos anos 1990 transportava os torcedores, gente de todas as faixas etárias, a uma época em que a maior parte dos craques brasileiros ainda usava chuteira preta, não tinha muito mais preocupação com a diplomacia fora de campo do que com a promoção dos duelos e preferia produzir seu próprio som – geralmente um pagode – em vez de escutá-lo em fones de ouvido estilosos.

Logo na chegada, após descer do ônibus, o ex-atacante Romário, estrela daquele Mundial, avisava que a história do amistoso entre veteranos teria o mesmo desfecho, mas de forma diferente: “hoje tem gol do Romário, (o jogo) não vai até os pênaltis”, brincou o Baixinho, que também comentou sobre sua relação com a CBF.

O jogo, no entanto, não sinalizou a profecia do hoje senador. No fim, vitória da Itália por 1 a 0 com gol de Massaro, no fim do segundo tempo. Mas o placar era nitidamente o que menos importava por ali enquanto boa parte da audiência aguardava ansiosamente por ver de perto ídolos que não raro só eram observados via transmissões em televisões de tubo, vistos em revistas especializadas ou mesmo imaginados pelo rádio. E tudo ao som de sucessos de Raça Negra, Skank, Cidade Negra e Claudinho e Buchecha, entre outros grupos que embalavam as festas de então.

m campo, o esforço muito maior era da bola, é claro, que corria muito mais do que os veteranos. Escalada inicialmente por Carlos Alberto Parreira com 11 jogadores que participaram daquele torneio (Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Cafu; Mauro Silva, Mazinho, Paulo Sérgio e Zinho; Bebeto e Romário), dez deles na decisão (apenas Paulo Sérgio não atuou), disputada em 17 de julho de 1994, a equipe só teve as ausências de Dunga – não foi a Fortaleza devido a compromissos pessoais – e Branco – participou da festa, mas acabou não jogando. Aos poucos, nomes como Careca, Mauro Galvão e Palhinha, que fizeram parte de outras seleções, também tiveram sua vez.

FONTE; Terra

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