As tragédias humanas e como elas afetam o psicológico de todos nós

 

Uma das perguntas que muitos brasileiros estão se fazendo desde o começo do ano é de como não se abater com tantas notícias trágicas. 2019 já acumula o desastre da Vale em Brumadinho (MG), com 169 mortes e outras 141 pessoas desaparecidas, até agora; a morte trágica em um incêndio de 10 atletas do Flamengo; morte e destruição ocasionadas pela chuva no Rio de Janeiro (RJ) e a partida de personalidades queridas no país.

Com essa quantidade de notícias ruins, é comum que haja a sensação de luto coletivo, medo e falta de esperança. Para evitar que esse sentimento aumente e tome proporções maiores – como o desenvolvimento de depressão, ansiedade e síndrome do pânico – listamos uma série de dicas de especialistas em diferentes áreas. Com as dicas de cada um deles, será mais fácil passar por esses dias conturbados.

Segundo o psicólogo clínico Sandro Augusto Ramos Soares, esse tipo de notícia impacta significativamente as pessoas com uma maior vulnerabilidade emocional, como quem sofre de depressão ou Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), por exemplo. “Quem tem tendência a esses problemas pode ser fortemente impactado por tanta coisa ruim que é divulgada na mídia. Por isso, é de suma importância o acompanhamento profissional e a utilização dos remédios, se for recomendado”.

Ainda de acordo com ele, quem não tem problemas psicológicos dificilmente os desenvolverá exclusivamente por conta da enxurrada de notícias ruins. “Ainda assim, levar uma boa qualidade de vida é importante para prevenir o surgimento desse tipo de situação. A prática de exercícios regulares e uma alimentação saudável são importantes ferramentas para blindar o surgimento dos transtornos”, explicou.

Conversamos também com Thainá Amud, que é formada em Yoga Livre pela Yoga Livre Ashram Amazon, em terapia e massoterapia pelo Instituto Respirar e atua como terapeuta corporal com foco na cura através do equilíbrio e autoconhecimento.

De acordo com ela, quando a sociedade se importa com tragédias como as que aconteceram recentemente é uma prova de sensibilidade e de que a humanidade ainda consegue perceber a dor dos seus semelhantes. “Isso pode ser um grande passo para o progresso evolutivo da nossa sociedade”, afirmou. No entanto, a forma com que as pessoas se deixam levar pela notícia é o fator determinante para desenvolver ou não problemas de comportamento. “Ao invés de apenas sentir a tristeza, é interessante que o indivíduo faça uma reflexão mais profunda e perceba como pode ajudar, como ser um cidadão melhor e como contribuir para a sociedade”, alertou.

Ainda de acordo com a especialista, reduzir o acesso às redes sociais e praticar a meditação são ferramentas bastante úteis para diminuir os sintomas ocasionados por essa “enxurrada” de notícias ruins. “É claro que existe uma necessidade de ferramenta de trabalho, comunicação familiar, dentre outras atividades, mas se  pudermos tirar um final de semana para nos conectarmos com a natureza e estarmos totalmente presentes e atentos com as pessoas que gostamos, vai ajudar na sensação de bem-estar e melhorar até mesmo as relações interpessoais”, assegurou.

Outro especialista procurado pelo Amazonas Total foi o Mestre em Reiki Tradicional – Usui Reiki Ryoho pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Difusão do Reiki do Rio de Janeiro e Instituto Naturalmente, em Goiás, Daniel Holanda.

De acordo com ele, todos podem receber uma notícia ruim dos noticiários e buscar uma forma de transformar a sessão de desconforto gerada por essa informação em algo produtivo. “Normalmente precisamos que uma notícia desagradável nos deixe indignados para que, com essa energia de indignação e desconforto, possamos tomar uma atitude prática para mudar nossa realidade. Me parece que entrar numa espécie de bolha e deixar de estar de fazer parte do mundo não é a solução. Isso seria uma alienação voluntária e não é saudável”, explicou.

Outro exemplo que ele deu é de que as catástrofes podem ser o incentivo para uma mudança de vida positiva. “Diante da notícia de uma catástrofe penosa, da morte iminente, é que um pai ou uma mãe mergulhada no trabalho, por exemplo, se sensibiliza e muda o estilo de vida para estar mais próximo da família e passa a aproveitar cada momento. Tudo é aprendizado”, exemplificou.

Para o especialista, o exercício mental e de consciência são fundamentais para que ninguém sirva de “esponja” para tanta negatividade. “Tudo tem os dois lados, na medida que as desgraças acontecem, coisas maravilhosas estão sendo realizadas, o bem atuando de forma linda e avassaladora. Quanta bondade, amor, dedicação foi presenciada na tragédia de Brumadinho! É preciso ter fé e esperança, e nunca deixar de exercitar a Gratidão! Um dos princípios do Reiki que eu amo é ‘só por hoje sou grato!’ – esse é o maior e melhor exercício que podemos fazer para combater a negatividade”.

Daniel também é Trainer em Mindfulness – Programa de cultivo da Compaixão baseado em Mindfulness – CULTIVO  pelo Instituto de Ciencias para el Florecimiento Humano, no México; formação em Mindfulness – Atenção plena  – Protocolo para redução de stress e ansiedade na  Academia de Mindfulness, em São Paulo; Trainer em Inteligência Emocional; Trainer Eu Palestrante; Trainer Leader Training; Condutor de práticas Xamânicas para o autoconhecimento; PNL Practitioner – ALAC; Pós Graduado em Gestão Empresarial pelo Fundação Getúlio Vargas e Pós Graduado em Gestão de Sistemas de Saúde pelo IPOG.

SERVIÇO:

Todos os profissionais listados na matéria podem ser encontrados através dos seguintes contatos:

– Psicólogo Clínico Sandro Augusto Ramos Soares: (92) 98433-5319

– Instrutora de Yoga Thainá Amud: Perfil no Instagram @thaina_yoga

– Mestre em Reiki Daniel Holanda: Perfil no Instagram @mestredanholanda

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *