Deputado Sidney Leite denuncia atual governador por usar Secretaria de Segurança Pública como máquina de manobra política
Com a segurança do estado passando por situação crítica, Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) é utilizada para fins eleitoras, pelo candidato ao governo Amazonino Mendes, de acordo com denúncia realizada pelo deputado estadual Sidney Leite (PSD), que cobrou uma investigação da Ouvidoria da Polícia, com o intuito de fazer valer a democracia e evitar o uso da máquina pública para proveito próprio.
“Lamento que o comando da segurança pública esteja sendo utilizado para fins eleitorais e duvido que as corporações das policiais militares e civis estejam satisfeitos com essa situação”, afirmou.
No último fim de semana, uma filmagem, onde mostra-se um traficante portando 12 mil reais para compra de votos, afirmando estar a serviço do candidato a governador Wilson Lima, foi espalhado pelas redes sociais, o que levou o deputado Sidney Leite a questionar o envolvimento da SSP no processo eleitoral, com o objetivo de prejudicar o candidato em questão.
“Utilizar desses artifícios é mostrar a insegurança do opositor e tentar desmoralizar a segurança e os policiais do nosso estado. É muito grave o que está acontecendo nas eleições desse ano, tudo com o intuito de desestabilizar o processo eleitoral”, disse.
Contrato com a Umanizzare
Alvo de diversas notícias envolvendo a licitação para segurança pública no Amazonas, a Umanizzare, empresa contratada e responsável por administrar os presídios estaduais, também foi citado no discurso do parlamentar, durante a sessão plenária de hoje (22), devido a discussão no pagamento das indenizações dos presidiários mortos na rebelião da Anísio Jobim, em 01 de janeiro de 2017 .
Sidney Leite citou a contradição no posicionamento do governador Amazonino Mendes ao manter a Umanizzare no controle das penitenciárias, já que no inicio de seu mandato afirmou que iria substituir a empresa, mas renovou o contrato.
“Ele afirmava que este contrato era absurdo. Que este contrato paga o maior valor por um preso no Brasil, 4 mil reais por detento, que também é verdadeiro. Que há necessidade de rever o contrato. Mas o Amazonino, mudou de ideia e renovou esse contrato. Então, há alguma coisa muito estranha nisso”, desabafou.
De acordo com o parlamentar, tanto o uso da Secretaria da Segurança Pública para fins eleitorais, como a renovação da Umanizzare precisam ser investigados, o que coloca em risco a segurança pública do estado e de seus habitantes.
“A gente vive em um país plural, e devemos respeitar essa pluralidade. O Estado gasta mais por um preso, pago pelo atual governador, do que por um estudante. Qual a sociedade que nós vamos ter? E qual a sociedade que nós queremos?, desabafou”