Conta de luz mais cara em julho com bandeira tarifária
Conta de luz ficará mais cara no mês de julho graças ao sistema de bandeira tarifárias que está em vigor desde 2015
A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) comunicou que a conta de luz dos brasileiros ficará mais cara no mês de julho. Isso porque a Agência decidiu manter a bandeira tarifária da energia elétrica na cor vermelha patamar 2, o nível mais alto estabelecido dentro do sistema de bandeiras criado para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica.
Com a bandeira tarifária nesse nível, os consumidores pagarão R$ 5 a mais a cada 100 kWh (quilowattz-hora) de energia elétrica consumido, o que deve fazer com que as contas fiquem mais caras do que antes, mesmo com o patamar mantido em relação ao mês de junho, já que em julho, com a chegada do inverno, os dias ficam mais curtos e aumenta a demanda por energia elétrica.
A manutenção do patamar de alerta mais alto na conta de luz também significa que as autoridades da Aneel estão preocupadas com o nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo eles, a repetição da bandeira do mês de junho deve-se à manutenção das condições hidrolóficas desvaforáveis e uma tendência de redução no nível desses reservatórios.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
O Sistema de Bandeiras Tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar ao consumidor quais são as condições da geração de eletricidade e indicar através das cores verde, amarela e vermelha se haverá ou não acréscimo no valor da energia que ele está consumindo.
Isso porque a maior parte da produção de energia elétrica no Brasil vem das hidrelétricas que dependem do acúmulo de água para fazer os geradores funcionarem. Essa fonte de energia é considerada mais limpa, durável e barata, mas também é dependente das condições metereológicas de cada região.
Dessa forma, quando não é possível contar com a geração de enegia das hidrelétricas, o País precisa acionar a produção de energia de outras fontes, como a das termelétricas que são significativamente mais caras.
Tudo isso faz com que o preço da produção da energia elétrica no mercado de curto prazo (PLD) e o risco hidrológico (GSF) aumentem e são justamente essas duas variáveis, o PLD e o GSF, que são consideradas para determinar a cor da bandeira que será acionada naquele mês, sendo as opções possíveis e suas respectivas características:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,05 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Esse sistema passou a valer para todos os consumidores brasileiros do SIN, deixando de fora, portanto, apenas os moradores do estado de Roraima, única unidade da federação que tem um sistema isolado de geração de energia.