Gasolina volta a subir nas refinarias por decisão de Temer
A Petrobras voltou a subir o preço da gasolina nas refinarias. O segundo aumento consecutivo entra em vigor nesta quinta-feira (31).
O aumento ocorre em meio a greve dos petroleiros e após seis quedas consecutivas. Já o diesel está com o preço congelado desde o dia 24, quando o presidente Temer anunciou a redução em 10% e o congelamento dos ajustes.
Com o aumento para R$ 1,9671 nesta quinta-feira (o segundo consecutivo), o preço retorna a patamares do último dia 16 de maio, quando a gasolina nas refinarias registrava R$ 1,9686. O valor não engloba os impostos, custos de transporte e dos postos de gasolina. Depois dessa data, a Petrobras reajustou os preços quatro vezes até o dia 23, quando decidiu reduzir os preços do diesel.
“Reduzimos em 10%, equivalente a R$ 0,2335 por litro, o valor médio do diesel comercializado em suas refinarias. Com isso, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias e terminais sem tributos será de R$ 2,1016 por litro a partir de 24/05”, explica a empresa. Nessa data, a gasolina custava R$ 2,0306. Após isso foram quatro quedas e agora duas altas seguidas.
De acordo com a Petrobras, a “política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras têm como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência”.
A política é questionada pelos petroleiros que entraram em greve. Segundo o Sindipetro, “desde julho de 2017, quando a nova política de preços passou a vigorar, os reajustes passaram a ser diários. A Petrobras já alterou 230 vezes os preços nas refinarias, com aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste”.
Para a Petrobras, a greve atinge algumas unidades operacionais, já que não houve troca dos trabalhadores de turno. “Equipes de contingência estão atuando onde necessário e não há impacto na produção”, informa.