Desgoverno Bolsonaro está acabando com economia e imagem do Brasil no exterior
Repercutem negativamente no exterior as imagens transmitidas em redes de TV do caos social no Brasil, onde o governo revela desleixo e incapacidade para enfrentar a pandemia da Covid-19.
“Estes são os túmulos de abril. Vejo um funeral a cada dez minutos, e este é só o começo.” Está foi a descrição de um cemitério em São Paulo com os caixões de vítimas do coronavírus feita na semana passada foi apenas uma dentre as várias vezes em que repórteres das maiores emissoras de TV dos Estados Unidos abordaram a gravidade da pandemia no Brasil.
A imagem de caixões e de hospitais se tornou corriqueira na imprensa estrangeira depois que o país rompeu a marca de mais de mil mortes diárias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, puxada pelo Brasil, a América do Sul é agora o novo epicentro da Covid-19, aponta reportagem do Estadão.
O Brasil está sendo visto no exterior como um país governado por um presidente que dá respostas contraditórias à pandemia.
Os efeitos concretos dessa percepção já se refletem na economia. No exterior, o Brasil é visto como um país que ruma para o precipício.
Desde o início do ano, o real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo, com queda de 45% ante o dólar. A despeito das intervenções diárias do Banco Central, a cotação da moeda americana encostou nos R$ 6. No mesmo período, o CDS (Credit Default Swap), indicador que sinaliza o nível de risco país, cresceu mais de 250%.
Já ocorre também a debandada de investimentos estrangeiros. Segundo o último relatório do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que reúne bancos de investimento, fundos e bancos centrais em 70 países, o Brasil registrou em março a maior fuga de capital em um mês desde 1995 e é o país que mais merece atenção, por causa da rápida deterioração do cenário.
FONTE: Brasil 247