Milhares de manifestantes protestam em Manaus por educação e contra a ditadura
Cerca de 7 mil pessoas, segundo estimativas dos organizadores – União Nacional dos Estudantes (UNE) e sindicatos de trabalhadores, entre outros – participaram na tarde desta terça-feira (13), do 3º Tsunami pela Educação em Manaus.
O movimento nacional, que aconteceu em outras 205 cidades brasileiras, luta contra os cortes de mais de R$ 1 bilhão no orçamento do Ministério da Educação, os projetos de privatização das universidades federais (Future-se) e ainda defende outras importantes pautas sociais como os direitos dos trabalhadores, a previdência social, a libertação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a demarcação e respeitos aos territórios indígenas e a preservação da Amazônia, causas que o atual governo é contrário.
O ato começou com cerca de 30 minutos de atraso (15h30) e apesar do sol forte, os manifestantes marcharam animados e cantando palavras de ordem durante todo o trajeto (Praça da Saudade e avenidas Epaminondas, Sete de Setembro e Eduardo Ribeiro até a Praça do Congresso).
“É muito importante que estejamos na rua para mostrar que nem todo mundo concorda com o que este presidente insano está fazendo com o Brasil. Manaus e o Amazonas já estão pagando o preço por ter eleito este desequilibrado e a situação só vai piorar a partir de agora”, afirmou um estudante da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que pediu para não ser identificado por temer represálias de radicais fascistas.
O atual governador do Amazonas, e aliado do Governo Federal, Wilson Lima, também não foi poupado durante a manifestação.
Representantes do movimento dos Sem-Teto no Estado e lideranças de entidades de servidores públicos que atuam em diversos setores da administração estadual se manifestaram contra a gestão do ex-apresentador de programas sensacionalistas.
Ao contrário da manifestação realizada em junho, na qual a Polícia Militar fez questão de ‘marcar presença’ durante a marcha, desta vez não houve nenhuma tentativa de intimidação contra a população.
Porém, quase uma hora depois do início do ato, quando os primeiros manifestantes começaram a chegar na Praça do Congresso, carros avançaram contra as pessoas na rua Monsenhor Coutinho, enquanto os agentes municipais de trânsito passivamente assistiam a cena, a poucos metros do local, sem nada fazer.