Manaus tem 12 bairros com alta vulnerabilidade para Aedes aegypti
O 1º Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti de 2020, realizado pela Prefeitura de Manaus no período de 3 a 18 de fevereiro, apontou uma redução para 12 no número de bairros em alta vulnerabilidade de transmissão de doenças causadas pelo mosquito.
No mesmo período de 2019, eram 22 nesta classificação. O levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) alcançou os 63 bairros da cidade.
“Recebo com alegria essa notícia da nossa equipe de saúde, mas não com menos preocupação. Alegria porque é mais um estudo que mostra o resultado de todo esforço realizado, de forma integrada, pelas secretarias municipais, proporcionando bem-estar às pessoas e reduzindo riscos à saúde. Mas também é mais um motivador para nos mantermos em alerta e não deixarmos esse trabalho de lado. Temos enfrentado todas as doenças que pretendem acometer os cidadãos com seriedade e eficácia”, declarou o prefeito Arthur Virgílio Neto, ressaltando que cada um deve fazer sua parte no combate ao Aedes, não deixando água acumulada e parada em suas residências.
Os bairros que estão em alta vulnerabilidade são Petrópolis, Flores e Japiim, na zona Sul; São Jorge, Santo Agostinho e Lírio do Vale, na zona Oeste; Novo Aleixo e Cidade Nova, na zona Norte; e Tancredo Neves, São José, Jorge Teixeira e Coroado, na zona Leste. Segundo o diagnóstico, 38 bairros estão na faixa de média vulnerabilidade, e 13 na de baixo risco de transmissão.
“Essa redução demonstra que a somatória de esforços das nossas equipes, aliada à boa receptividade dos moradores das áreas visitadas e envolvimento de outras secretarias municipais são fundamentais na prevenção e controle desse mosquito. As ações de infraestrutura, drenagem, limpeza e asfaltamento que a administração do prefeito Arthur Virgílio Neto executa em toda a cidade foram determinantes nesse resultado e impactam positivamente na qualidade de vida da população”, avalia o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
Mesmo com a saída de dez bairros da situação de maior risco, o secretário alerta para a necessidade de redobrar os cuidados e a prevenção porque o número de casos confirmados de dengue aumentou de 50 para 84 no primeiro bimestre do ano, o que representa 68% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado. “Também precisamos considerar que vários Estados vêm apresentando epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes, o que nos preocupa e nos leva a ampliar medidas preventivas”, destaca Magaldi.
O diagnóstico da Infestação do Aedes Aegypti em Manaus tem como objetivo realizar o levantamento de índice do vetor no município, com a finalidade de obter informações pelo serviço de saúde acerca da infestação pelo mosquito tipo Aedes, principal transmissor de doenças como Zika Vírus, Dengue (DEN 1, DEN 2, DEN 3, DEN4) e Febre Chikungunya.
Neste primeiro levantamento do ano, foram visitados 29.024 imóveis em todos os bairros de Manaus, envolvendo 288 profissionais da Semsa. Como parte da estratégia, as equipes do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) realizaram visitas domiciliares para identificar e coletar as larvas do mosquito, bem como eliminar e/ou tratar os potenciais criadouros do mosquito.
Em comparação com os resultados do mesmo período de 2019, este ano o percentual de imóveis com focos de mosquito no município apresentou Índice de Infestação Predial de 2,0%, o que mantém Manaus em Médio Risco para as doenças transmitidas pelo Aedes (médio risco compreende valores entre 1,0 e 3,9). No 1º Diagnóstico de Infestação realizado no mesmo período do ano anterior, o resultado do Índice de Infestação foi de 2,2%.
O percentual de depósitos com focos de mosquitos apresentou o Índice de Breteau, que define a quantidade de insetos em desenvolvimento encontrados nas habitações, de 2,6%. No primeiro diagnóstico realizado em fevereiro de 2019, o resultado do IB foi de 2,7%. Os depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Manaus, segundo dados do diagnóstico, são os recipientes do tipo A2, de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões e barril, representando 32,5%.
Ainda segundo o levantamento, depósitos como lixo, recipientes, garrafas, latas, ferro velho, conhecidos com D2, apresentaram resultado de 29,1%, confirmando que a somatória de esforços e o envolvimento de outras secretarias municipais para o combate a esse mosquito é essencial para sua prevenção e controle. No 1º Diagnóstico de Infestação realizado em fevereiro de 2019, esse tipo de depósito obteve um resultado de 34,4%.
Plano de ação
Com a chegada e intensidade das chuvas em Manaus, o alerta é para intensificação das ações de prevenção ao Aedes aegypti, a fim de mobilizar a sociedade para combater o mosquito, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O período de novembro a maio é considerado epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O calor e as chuvas são condições ideais para a proliferação do mosquito, por isso a importância de reforçar a prevenção e controle para combate ao mosquito.
Em Manaus, as ações serão direcionadas para controle do vetor prioritariamente nas áreas de maior vulnerabilidade, com os Agentes de Controle de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde realizando a visita casa a casa, intensificando as atividades de Educação em Saúde, com ampla implantação da estratégia 10 minutos contra o Aedes, e principalmente incentivando o maior envolvimento dos moradores e de lideranças locais. Além disso, a Semsa dará continuidade às ações interinstitucionais buscando, através de parcerias com outras Instituições Públicas e Privadas, apoio para o enfrentamento do Aedes no município.
Fotos – José Nildo / Arquivo Semsa