Malala volta ao Paquistão 6 anos após ataque de talibãs
Malala Yousafzai, prêmio Nobel da Paz, voltou nesta quarta-feira (28) ao Paquistão pela primeira vez desde que sofreu um ataque de talibãs, há seis anos. A TV paquistanesa Geo TV transmitiu imagens de Malala no aeroporto internacional de Islamabad caminhando em direção a um carro escoltado por um comboio de segurança. Segundo a rede amerciana CNN, Malala deve se reunir com o primeiro-ministro Shahid Khaqan Abbasi.
Em 9 de outubro de 2012, Malala foi alvo de um ataque a tiros por membros do Talibã. Ela estava em um ônibus escolar com outras meninas voltando para casa depois de mais um dia letivo, em Swat, uma região ultraconservadora no norte do Paquistão. Na época ela tinha 15 anos e defendia publicamente o direito à educação para as meninas. Os talibãs são contrários à educação das mulheres.
Baleada na cabeça, Malala sobreviveu ao atentado, que chocou o Paquistão, mesmo com a onde de violência e repressão por parte dos militantes do Talibã. Ela foi retirada do país com sua família e levada ao Reino Unido. Os médicos retiraram a bala de seu cérebro e, depois de se recuperar, ela voltou à escola, terminou o colegial e começou a cursar filosofia, política e economia na Universidade de Oxford.
Hoje, Malala é uma das principais ativistas mundiais que defendem o direito de todas as meninas à educação. Seu trabalho humanitário a levou a diversas partes do mundo onde esse direito é ameaçado.
Ela foi a pessoa mais jovem da história a receber um Nobel. A jovem foi escolhida pelo comitê organizador em 2014, quando tinha 17 anos, e dividiu o prêmio com o indiano Kailash Satyarthi.
Ainda ganhou uma série de prêmios, como o Prêmio da Paz para a Infância, o prêmio Anna Politkovskaya, o Prêmio Sakharov de Direitos Humanos do Europarlamento, todos em 2013, e a Medalha da Liberdade, do Centro Nacional Constitucional, dos EUA. Em 2017, ela recebeu cidadania honorária canadense das mãos do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Também foi a pessoa mais jovem a receber a honraria, oferecida a nomes como Nelson Mandela e ao Dalai Lama, e a discursar para membros do Parlamento e senadores canadenses em uma sessão conjunta.