Ida de Cristiano Ronaldo para o Juventus pode gerar greve de trabalhadores
Em meio a um mau humor generalizado do setor automotivo por causa da escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, as ações da Fiat-Chrysler (FCA) caíam 2,86%, às 11h04 (de Brasília), cotadas a 16,31 euros. No mercado financeiro, no entanto, especula-se que, no caso dessa montadora italiana, a desvalorização também estaria relacionada a uma ameaça de greve dos trabalhadores da empresa em protesto contra a contratação do jogador de Cristiano Ronaldo pela Juventus.
A paralisação, prevista para ocorrer entre as 22h do próximo domingo e as 18h de terça-feira na fábrica de Melfi, foi convocada pelo sindicato Unione Sindicate di Base sob a alegação de que a transferência do atleta, que envolve altos valores, teria sido intermediada pela fabricante de automóveis, patrocinadora do clube.
Num comunicado, a categoria diz que “não é aceitável” que os trabalhadores continuem a se sacrificar economicamente, enquanto a empresa gasta “milhões de euros com um jogador”. O documento relata que a instrução da companhia é a de que as famílias “apertem o cinto”, mas depois investe grandes montantes com apenas um nome. “Acham justo? É normal uma pessoa ganhar milhões, enquanto milhares de famílias no meio do mês já quase não têm dinheiro?”, questionou a entidade, acrescentando que essa diferença de tratamento não pode continuar.