“Ghibli – O vento quente do deserto” reúne 25 obras de artistas amazonenses
Nessa quarta-feira, a partir das 18h, o Centro Cultural Palácio da Justiça (avenida Eduardo Ribeiro, 901, Centro, zona sul) vai receber a exposição “Ghibli – O vento quente do deserto”, com 25 obras assinadas por oito artistas amazonenses. A mostra, que faz parte da agenda do Programa Espaço Aberto, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), se estenderá até o dia 10 de junho, com visitação gratuita.
Poucas produções cinematográficas, desde os primórdios da sétima arte, conseguiram abordar temas tão profundos e humanos de forma tão simples e sensível como o Studio Ghibli tem feito durante toda sua trajetória. Em muitos filmes, o seu criador Hayao Miyazaki, consegue transpor as barreiras do real apresentando dramas atemporais em narrativas de fantasia, falar sobre a urgência da preservação ambiental em um conto de raízes mitológicas ou acerca das mudanças vividas por jovens personagens em um tom extremamente intimista e delicado.
E é inspirado pela belíssima produção do Studio Ghibli, um dos mais influentes do mundo, que o grupo de artistas manauenses decidiu realizar uma exposição de ilustrações que celebra os filmes e suas relações com a cultura japonesa.
Palestras e oficinas – Além da mostra, serão ofertadas palestras e oficinas ministradas pelos próprios artistas e convidados, a visitação é gratuita e ocorre de segunda a sábado, das 13h às 17h e aos domingos, de 11h até 15h. As palestras e oficinas acontecerão sempre aos sábados e, somente para as oficinas será cobrada uma taxa de R$10 para cobrir as despesas com material utilizado.
Filmes de sucesso, como o ganhador do Oscar de melhor animação “A Viagem de Chihiro” e “Meu Vizinho Totoro” também ganharam a interpretação dos membros do coletivo em diversas técnicas e estilos.
“Preocupamos-nos em escolher aqueles filmes que apresentam as características que mais destacam o Ghibli. A busca pelo elo cultural perdido entre o povo japonês e sua tradição, a ecologia, a fantasia e a contemplação são fundamentos do trabalho de Hayao Miyazaki, e tornam as produções do estúdio, em minha opinião, o sucesso que são”, afirma Luiz Andrade, membro do coletivo e organizador da exposição.
Coletivo X Mao – O coletivo X Mao foi criado em 2009, atuando inicialmente em exposições dentro de eventos relacionados à cultura japonesa. Hoje, o coletivo atua principalmente no campo das artes visuais, com ilustrações, quadrinhos, pinturas, fotografias e também em literatura. O grupo já participou de exposições, como a “A voz do fogo”, realizada em 2014 em homenagem ao escritor inglês Alan Moore, e também de eventos como a “ComicConExperience”, que acontece anualmente em São Paulo.
Confira a Programação das Palestras e Oficinas
05/05 – Palestra sobre a relação entre os filmes e a cultura japonesa.
12/05 – Oficina sobre animação básica
08/06 – Oficina sobre roteiro (escrevendo roteiros)
09/06 – Palestra/roda de conversa sobre ilustração japonesa
Sempre de 14h até 16h