Furtos e roubos de combustíveis em rios do AM causam prejuízo anual de R$ 100 milhões, diz Sindarma
Chega a R$ 100 milhões o prejuízo anual causado por furtos e roubos de combustíveis cometidos por piratas em rios do Amazonas. Segundo o Sindicato das Empresas de Navegação no Estado do Amazonas (Sindarma), a principal suspeita é que o combustível seja usado para abastecer o garimpo ilegal de ouro na região.
A informação foi divulgada após uma embarcação ter sido atacada por piratas no último dia 2 agosto no Rio Tapajós, na região do Estreito de Breves, no Pará. O trecho é usado por embarcações que seguem de Manaus para Belém com cargas da Zona Franca de Manaus e outras produtos.
No Amazonas, os combustíveis são os principais alvos das quadrilhas, por ser uma carga fácil de desviar e comercializar, segundo o Sindarma.
Nos últimos anos, os principais trechos onde tem ocorrido ataques de piratas são:
- Rio Solimões, nas proximidades de Coari;
- Rio Negro, orla de Manaus;
- Rio Amazonas Estreito de Breves no Pará (trecho utilizado por embarcações que seguem de Manaus para Belém com cargas da Zona Franca de Manaus e outras produtos);
- Rio Madeira entre Itacoatiara e Porto Velho (RO).
O Sindicato acredita que os combustíveis furtados e roubados abasteçam, sobretudo, o garimpo ilegal de ouro nos rios da região. A estimativa de R$ 100 milhões de prejuízo para as empresas não inclui cargas gerais saqueadas.
No final do ano passado, uma quadrilha furtou 642 mil litros de gasolina, avaliados em R$ 3 milhões. A carga estava na balsa de uma de empresa transportadora de combustíveis atracada em um terminal privado na margem do Rio Negro, em Manaus. Esse foi maior desvio de combustível registrado no Amazonas, segundo o Sindicato.
Piratas
Os piratas – como são chamados os criminosos que atuam nos rios – se aproximam das embarcações em lanchas rápidas, rendem e ameaçam tripulantes, muitas vezes com armamento de grosso calibre.
Fonte: G1 Amazonas