Desgovernado, Brasil ultrapassa 435 mil vítimas da covid-19

Neste domingo (16), o Brasil ultrapassou 435 mil vítimas da covid-19. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No entanto, cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estimam que o número pode ser ainda maior uma vez que as subnotificações são uma realidade no país, que não realiza testagem em massa.

Segundo o último boletim do Conass divulgado às 18h deste domingo (16), o Brasil registrou 1.036 mortes em decorrência da doença. Esses dados foram contabilizados nas 24 horas entre sábado (15) e este domingo (16). Já o número de novos casos foi de 40.941. Com isso, o Brasil ultrapassou 15,6 milhões de pessoas que estão ou que já foram contaminadas pelo novo coronavírus.

Dessa forma, o cenário é de queda no número de óbitos e estabilidade, mas em patamares altos, uma vez que a média móvel do número de casos ficou em mais de 60 mil casos por dia.

A segunda onda da covid-19 foi agressiva ao ponto de registrar, em 2021, mais mortes do que em todo o ano de pandemia em 2020. Em 25 de abril deste ano, o país ultrapassou o total de óbitos registrados em 2020.

Até a data foram 195.848 mortes enquanto que em 2020 foram 194.949 e o país continua fazendo vítimas, resultado tanto da ausência de uma política nacional de combate ao combate ao coronavírus como também do surgimento de novas variantes como foi o caso da P.1, descoberta em Manaus, capital do Amazonas.

Segundo dados divulgados pela GISAID, iniciativa de monitoramento global de gripe e doenças respiratórias, para o Grupo de Diários América (GDA), a variante, que atualmente, domina o cenário da pandemia já foi encontrada em outros 36 países do mundo, sendo 16 na América Latina.

Cientistas ainda não têm a confirmação de que essa cepa do Sars-CoV-2 é mais agressiva, no entanto, ela é comprovadamente mais transmissível, o que acaba provocando mais mortes do que a primeira versão identificada do coronavírus.

Vacinação
Até o momento, 19.094.815 milhões de brasileiros tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19, o que corresponde a, apenas, 9,02% da população brasileira. Os dados são do Consórcio de Veículos de Imprensa atualizado às 20h do último sábado (15).

No início do mês de maio, Santiago Cornejo, diretor de Engajamento de Países da iniciativa Covax, fez um alerta acerca de demora na vacinação dizendo que as nações mais pobres do planeta não deverão conseguir imunizar mais do que 40% da sua população.

Para Cornejo isso “deixa o caminho aberto para o surgimento de novas variantes mais perigosas do coronavírus”.

A fala foi feito por ele V Simpósio Internacional em Imunológicos, realizado pela Bio-Manguinhos/Fiocruz.

A Covax, também é conhecida como COVAX Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Aliança Gavi e da CEPI que trabalha para a aquisição e posterior distribuição de vacinas contra covid-19 para os países mais vulneráveis do planeta.

FONTE: Brasil de Fato

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