Cuba envia médicos à Itália na luta contra coronavírus
Desde a revolução de 1959, Cuba exerce o que se convencionou chamar de “diplomacia médica”. Na década de 2010, médico estiveram na linha no combate à cólera no Haiti e do ebola na África.
O governo cubano informou ter enviado uma brigada de médicos à Itália, após receber pedido formal da Lombardia. Cuba tem alta taxa de médicos per capita, mas já confirmou 21 casos de coronavírus na ilha.
Desde a revolução de 1959, Cuba exerce o que se convencionou chamar de “diplomacia médica”. Na década de 2010, médicos cubanos estiveram na linha de frente do combate à cólera no Haiti e do ebola na África ocidental. No Brasil, médicos cubanos foram enviados para os confins do país para ajudar no combate à dengue e na falta de atendimento continuado.
No entanto, essa é a primeira vez que Cuba está enviando seu “exército de jaleco branco” a um país desenvolvido, a Itália.
“Estamos com medo, mas temos uma missão revolucionária a cumprir, então pegamos esse medo e colocamos ele de lado”, disse Leonardo Fernandez, especialista em cuidado intensivo de 68 anos, a caminho da Itália.
Fernandez contou à Reuters que essa será a sua oitava missão internacional, que incluiu trabalho na Libéria, durante a crise do ebola.
“Quem fala que não tem medo é um super herói. Mas nós não somos super heróis, somos médicos revolucionários”, disse Fernandez.
A Itália é o país com maior número de mortes pelo coronavírus, contabilizando 4.825 vítimas fatais, com 53.378 casos confirmados de COVID-19. Como comparação, a China, mesmo com mais de 81 mil pacientes infectados, registrou 3.144 vítimas fatais.
“Iremos cumprir uma tarefa honrosa, baseada no princípio da solidariedade”, disse o médico cubano Graciliano Díaz, de 64 anos.
Desde o início da pandemia de COVID-19, Cuba já enviou brigadas de médicos para a Jamaica, Venezuela, Nicarágua, Suriname e Granada.
No Brasil, o ministro da Saúde declarou que irá solicitar que os médicos cubanos que permaneceram no Brasil após serem dispensados do programa Mais Médicos voltem ao trabalho para combater a COVID-19.
FONTE: Brasil 247