Como manter a saúde e a imunidade das crianças em alta durante essa época do ano
Nesses tempos de pandemia e mudança do clima de forma intensa, um dos desafios dos pais é manter em dia a saúde e imunidade das crianças. Especialistas afirmam que não existe nenhum medicamento milagroso para aumentar a imunidade, mas alguns cuidados podem diminuir as chances dos pequenos adoecerem.
“Manter a carteira de vacina em dias e uma boa alimentação é a forma mais segura de mantê-los saudáveis e livres de doenças”, afirmou a médica pediatra e neonatologista Adeliane Bianchini.
Segundo a especialista, os cuidados já podem ser tomados já no momento de nascimento do bebê. “Essa é a hora de oferecer o peito e incentivar a amamentação. O leite materno é um alimento completo e o bebê recebe anticorpos das doenças que a mãe teve melhorando a imunidade.
O leite materno deve ser o único alimento oferecido à criança até seu sexto mês. Durante esse período, a criança não precisa de nenhum outro complemento alimentar, como água ou os famosos chás.”
Quanto à vacinação, Adeliane explica que continua sendo a única maneira de proteger as crianças de doenças como o sarampo, rotavírus, dentre outras. “De uns tempos para cá, começou uma onda contra a aplicação das vacinas por pessoas que não têm nenhum conhecimento científico. Esse tipo de comportamento só coloca em risco a vida dessas crianças. Criança saudável é criança com a carteira de vacina preenchida”.
A alimentação também tem papel fundamental para proteger a imunidade. Evitar multiprocessados, alimentos industrializados e ricos em gorduras saturadas é fundamental para manter uma boa dieta. “Nossa culinária é riquíssima em itens naturais e que podem contribuir de forma muito significativa para uma boa alimentação das crianças. É fundamental uma boa introdução alimentar para a criança gostar de comer frutas, legumes e verduras assegurando a ingestão de vitaminas e minerais necessários para um crescimento cheio de saúde”, explicou.
Cuidados na pandemia
Estamos em meio a maior pandemia do século, o que requer uma cautela ainda maior com a saúde das crianças. Ainda não temos vacina ou tratamento comprovado para a doença e mesmo que as crianças não sejam o público mais afetado pelo vírus, precisam tomar os cuidados orientados pelas autoridades de saúde, como o uso de máscaras (para crianças maiores de dois anos), higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel e o distanciamento social.
“Os prontos socorros também devem ser evitados ao máximo. As crianças só devem ser encaminhadas a esse tipo de atendimento em casos de quedas, convulsões, afogamento, febre alta, dor abdominal intensa”, alertou a médica.
A médica passa mais informações sobre esse e muitos outros temas no perfil de instagram @pediatra_adeliane.