Com explosão de casos e desmoralização global, Bolsonaro quer esconder mortes por Covid-19
No momento em que o Brasil sofre uma explosão de mortes por covid-19 e uma desmoralização global, sendo repreendido até por Trump, Bolsonaro decidiu recontar as mortes pela doença.
O Brasil registrou ontem mais 1.005 mortes em decorrência do novo coronavírus, elevando a contagem total para 35.026, informou o Ministério da Saúde.
Em relação ao número de casos, foram contabilizadas 30.830 novas infecções, o que faz com que o total no país atinja 645.771, segundo o ministério.
O Brasil é o segundo país com maior número de casos confirmados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem quase 1,9 milhão de infecções.
O país é o terceiro na contagem de óbitos, abaixo somente dos EUA (108.068) e do Reino Unido (40.261).
A divulgação diária dos números da Covid-19 no Brasil pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.
A pasta anunciou na sexta-feira que a divulgação dos dados seria mais tarde, alegando necessidade de checagens junto a secretarias estaduais e municipais. Até o início desta semana, os dados vinha sendo publicados às 19h.
“Acabou matéria no Jornal Nacional… O Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Não interessa de quem partiu (a decisão), é justo sair 10 da noite para sair o dado completamente consolidado”, disse o presidente Jair Bolsonaro a jornalistas sobre o tema.
De acordo com a contagem de casos realizada pelo ministério por Estados, São Paulo segue como o mais afetado pela Covid-19, atingindo as marcas de 134.565 casos e 8.842 óbitos.
O governo paulista estimou na quarta-feira que o Estado terá de 190 mil a 265 mil casos de coronavírus até o final deste mês.
FONTE: Reuters / Brasil 247