China diz que chegou ao fim intimidação econômica dos EUA
O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem (26/03) que “terminou a intimidação econômica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos.
Foi uma crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China. “Altos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence.
“A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou.
Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”.
A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mutuo”.
A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25% e de 15% nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respetivamente.
Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca proteção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim.
As medidas anunciadas por Trump poderão afetar as importações chinesas num valor de até 60 mil milhões de dólares (mais de 48 mil milhões de euros).
Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 275,8 mil milhões de dólares (223,5 mil milhões de euros) no comércio com os Estados Unidos.
As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 375,2 mil milhões de dólares (304,1 mil milhões de euros).