Bolsa despenca mais de 5% e Dólar chega à R$ 5,09
O Ibovespa segue o dia negativo das bolsas europeias e dos futuros dos Estados Unidos e recua nesta sexta-feira (27).
Os investidores avaliam agora o impacto das medidas de socorro dos governos e o aumento da pandemia do coronavírus. Os sinais de retomada do apetite por risco são novamente testados diante do avanço contínuo da pandemia, que passa a ter seu epicentro nos EUA, maior economia do mundo.
Às 10h15, o índice registrava queda de 5,25%, aos 73.6291 pontos, enquanto o dólar comercial, tem alta de 1,93%, cotado a R$ 5,0900 na compra e R$ 5,0920 na venda. Já o dólar futuro para abril sobe 1,40%, para R$ 5,092.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe 12 pontos-base a 4,55%, o DI para janeiro de 2023 tem alta de 23 pontos-base a 5,88% e o DI para janeiro de 2025 avança 32 pontos-base a 7,26%
As bolsas de valores da Europa operam em queda, assim como os futuros de Nova York, que também estão em terreno negativo. Entre as notícias, o governo do Reino Unido informou que, após apresentar sintomas leves, o primeiro-ministro Boris Johnson testou positivo para Covid-19.
Ainda no exterior, após o forte avanço de 1.200 pontos de ontem no índice Dow Jones, o mercado tenta avaliar os efeitos dos pacotes de socorro dos governos e as consequências da epidemia do coronavírus, que já contaminou cerca de 530 mil pessoas ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, o número de pessoas infectadas pelo vírus superou 85 mil na manhã de hoje, com 1.200 mortes.
A Câmara dos Representantes (deputados) do Congresso americano deve aprovar hoje o pacote de US$ 2 trilhões do governo americano de socorro à economia e aos cidadãos. Logo em seguida, o pacote segue para a sanção do presidente Donald Trump na Casa Branca.
Segundo um estudo da Capital Economics publicado pelo site Market Watch, o número recorde de 3,2 milhões de pessoas que pediram o seguro-desemprego nos Estados Unidos na semana passada poderá subir rapidamente para 10 milhões.
As bolsas de valores de Ásia fecharam em alta. O destaque negativo ficou para a bolsa da Austrália, que encerrou o pregão em queda de 5%.
Vale destacar os dados da China, que mostram o impacto do coronavírus na economia do país. O lucro de grandes empresas industriais do país sofreu um tombo nos primeiros dois meses de 2020, à medida que os preços ao produtor caíram e os custos aumentaram em meio à pandemia. Dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês) mostram que o lucro industrial chinês encolheu 38,3% no primeiro bimestre ante o mesmo intervalo do ano passado. No caso das estatais, a queda foi de 32,9% e das empresas privadas, de 33,6%.
FONTE: Brasil 247