Brasileira relata desespero em cidade atingida por incêndio na Grécia

Vilarejo de Mati, na Grécia, é atingido por incêndio (Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters)

“Se prepara, porque, quando você voltar, não vai mais ter nada”, disse a si mesma a brasileira Tuca Oliveira ao deixar o prédio onde mora em Rafina, na Grécia, após ver as chamas de um dos piores incêndios florestais da história do país se aproximarem do bairro.

Tuca vive na Grécia há dois anos e trabalha como videomaker — área da produção audiovisual. Ela relatou que assistia, do lado de fora de casa, à movimentação dos helicópteros usados no combate às chamas. A brasileira e o marido, o grego Freddy Stefanakis, notaram que havia algo errado quando as aeronaves se perderam na fumaça, cada vez mais densa.

Quando conseguiram sair, o fogo já ardia na rua onde o casal morava. “Todo mundo correndo, muita gente demorou para entender o que estava acontecendo. Muita gente perdida, muitos idosos e pessoas com criança no colo”, relembrou Tuca.

Entre os feridos há 23 crianças. Entre os mortos, está um bebê de 6 meses que não resistiu à intoxicação por fumaça. O número de desaparecidos ainda é incerto, segundo os bombeiros.

Por causa do incêndio, a Grécia pediu ajuda internacional. Itália, Alemanha, Polônia, França, Canadá e Portugal enviaram equipes para ajudar no combate às chamas.

Fonte: G1

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