Dior apresenta alta-costura como solução ao fast fashion
A marca de Christian Dior apresentou sua coleção de outono/inverno em desfile no Museu Rodin, em Paris, nesta segunda-feira (2). O local da passarela conversa com a alta-costura dos modelos, que tiveram a designer italiana e diretora criativa da Dior, Maria Grazia Chiuri, como nome principal frente à grife.
O cenário era um mostruário de vestidos e peças da marca, sugerindo a intimidade de um ateliê. “É possível celebrar a alta-costura e ao mesmo tempo oferecer uma leitura crítica disso?”, era a pergunta-tema que rondava a coleção, segundo nota do desfile.
Em resposta, Chiuri adotou que costura é um “conceito”, e assim apostou que poderia ser renovado, usando tecidos mais leves, mais claros, mas exibindo nas modelos das passarelas, e na decoração da sala de desfile, a elegância de cada peça, que não poderia ser esquecida.
“O atêlie é um espaço da mente, mas um espaço real”, disse Chiuri, que trouxe a ideia em crítica à precarização desse espaço, graças ao mundo do fast fashion – moda rápida, produzida continuamente em grandes quantidades, muita utilizada por grandes redes de varejo.
“Eu queria uma coleção que não fosse evidência nas redes sociais. A gente vive o momento, o agora”, completou.
O desfile participou da Semana de Moda de Paris, que termina hoje (5).