Amazonino recebe de Giuliani relatório da 1ª fase do projeto de segurança pública
O governador Amazonino Mendes recebeu o relatório técnico da primeira fase do trabalho realizado pelo escritório internacional em consultoria de segurança Giuliani Security & Safety (GSS).
O ex-prefeito de Nova York e proprietário da empresa, Rudolph Giuliani, entregou ao governador Amazonino as recomendações para as próximas etapas do projeto de modernização e melhoria do sistema de segurança pública do Amazonas, cujo o objetivo é a redução da criminalidade.
O evento ocorreu Centro Cultural Palácio Rio Negro, no Centro, zona sul de Manaus, nesta quarta-feira (27/06), e marcou a apresentação da primeira fase do programa “Inteligência e Proteção do Amazonas”, que contou com a participação do vice-governador do Amazonas, Bosco Saraiva; da cúpula de segurança e forças armadas do Amazonas; do governador de Rondônia, Daniel Pereira, e demais autoridades amazonenses, roraimenses e rondonienses.
O governador Amazonino reiterou o agradecimento ao ex-prefeito Giuliani e salientou que o estado do Amazonas abriu um marco na história do combate à criminalidade no país. “Em preliminar, gostaria de externar o meu profundo agradecimento à aquiescência, aceitação que nós obtivemos de uma das maiores referências do mundo atual. É o início de um trabalho que será histórico, que marcará época, promovido por aqueles que não querem imediatismo, não querem continuar vivendo no imediatismo, se enganando. É um trabalho que vai trazer os resultados, se Deus quiser, para esta parte do Brasil tão complexa, difícil, complicada e que hoje vive um dos momentos mais perigosos de sua existência, com a aproximação cada vez maior das ações do tráfico”, comentou o governador.
De acordo com o governador Amazonino Mendes, o atual momento em que o estado se encontra justifica a necessidade de buscar alternativas internacionais no combate ao crime e no melhoramento da segurança pública do Amazonas.
“Não resta a menor dúvida que o Brasil vem perdendo a guerra contra o crime. Não há mais como não tomar uma atitude, promovermos a política do avestruz (esconder erros). Enterrar a cabeça e deixar o barco correr. Sabemos que a nossa cultura é imediatista. Eu tenho um mandato curto, mas nem por isso deixo de cumprir o meu dever e minha obrigação. Se estamos sendo atacados por uma doença terrível que não pode ser contida, nós temos que procurar o melhor médico do mundo para contê-la”, destacou o governador.
Para Amazonino Mendes, o trabalho desenvolvido pelo escritório GSS se tornará eficaz com a contrapartida do cumprimento das obrigações do Governo do Amazonas, das autoridades brasileiras, sobretudo pelo compromisso a longo prazo com o projeto de segurança.
“Agora, mais que mais do que uma honra, é a simples certeza de que, em cumprindo as recomendações desta equipe admirável, levaremos para os nosso póstumos ou até para nós mesmos um mundo melhor. É um dever de governo, e que todo o país deveria adotar. Eu espero que o Amazonas cumpra com o seu dever de casa e as recomendações de colaboração com os países vizinhos, estados. Estaremos aqui firmes, decididos a executar de forma técnica, correta, essa política, porque estamos perdendo, inclusive, a soberania, dentro do nosso país”, comentou o governador, em reunião com a cúpula de segurança e Forças Armadas do Brasil.
Banco de DNA – Um dos pontos apontados por Giuliani no desenvolvimento do projeto é a criação do Banco de DNA, cujo projeto foi assegurado pelo governador Amazonino. “Em nossos encontros que tivemos preliminares, nos EUA, em particular, começamos a nos inteirar na forma cientifica de combate moderna, de tecnologia de combate ao crime. E nos foi aclarado que um dos caminhos inarredáveis, básicos, fundamentais, que, por sinal, constou na fala do doutor Giuliani, é exatamente o Banco de DNA. É ele que em última análise auxilia e ajuda na elucidação de crimes, também na rapidez dos julgamentos. Por que é a forma mais eficaz e moderna encontrada no mundo para se identificar o criminoso”, comentou o governador Amazonino, salientando que é necessário também aumentar o efetivo das polícias Civil e Militar. “Nós temos que aumentar o quadro. Nós temos um contingente pequeno da PM, na PC. Eles (norte-americanos), inclusive, ficaram impressionados como é que as nossas policias ainda conseguem funcionar porque é muito pouco (efetivo)”, finalizou.
Plano de Ação – O diretor-presidente do escritório GSS, Rudolph Giuliani, informou que, na primeira fase, foram compilados dados sobre a realidade do sistema de segurança e que o andamento das atividades consistem em mais duas etapas, sendo cada uma delas com duração de seis meses.
“A primeira fase já acabou e consiste no que foi feito no passado (levantamento de dados) e o que tem de ser implementado imediatamente. Pelo que a gente viu, vamos ter mais duas fases, seis meses cada uma. E depois vamos ver como vai ser o andamento, talvez com mais duas etapas, mas não tão intensas como as primeiras”, disse o diretor-presidente.
Segundo o diretor-executivo da GSS, John Huvane, em agosto parte da equipe especialista em sistema prisional desembarcará no estado para dar continuidade na consultoria.
“A próxima fase vamos lidar com as prisões, em agosto. Vamos trazes especialistas das esferas estadual e federal dos EUA para lidar com isso, para a gente fazer um levantamento e um relatório. Esse relatório vai para o governador, e depois ele vai passar para os agentes de segurança dele, e depois discutir ponto a ponto as 30 páginas de relatório”, informou o norte-americano.
FOTOS: CLÓVIS MIRANDA/SECOM