Reunião com líder norte-coreano pode ser adiada, afirma Trump
Durante uma coletiva de imprensa em conjunto com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que visita a Casa Branca para tentar garantir a realização da reunião, Donald Trump afirmou que estão trabalhando. “Vejamos o que vai acontecer. Se não for agora, talvez aconteça mais tarde”, disse o republicano.
Segundo o magnata, o prazo de cerca de 20 dias é curto para acertar os principais detalhes para a reunião ser finalizada, mas “ainda há uma boa chance” de a data original ser mantida. O presidente norte-americano ainda ressaltou que estabeleceu algumas condições para que o encontro aconteça e se não forem aceitas será mais um motivo para cancelar o evento.
Na semana passada, Kim também colocou em dúvida a realização da cúpula com o republicano e suspendeu o diálogo com a Coreia do Sul em decorrência de exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos.
De acordo com o líder norte-coreano, os testes são vistos como um treino para as tropas invadirem seu país. Pyongyang estava dando sinais de abertura ao diálogo, como a libertação de prisioneiros norte-americanos e a desativação de uma central de testes nucleares. No entanto, este delicado processo de aproximação pode ser barrado em meio a este novo impasse.
Moon, por sua vez, chegou à Casa Branca em uma tentativa de manter o processo de aproximação entre Kim e Trump, logo depois de participar de uma cúpula intercoreana na qual prometeu assinar um acordo de paz com a Coreia do Norte.
Acordo “garante permanência” de Kim no poder
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse no último dia 13 que o país norte-americano irá garantir a permanência do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, após um possível acordo. Pompeo afirmou ainda que se o ditador norte-coreano concordar em desmantelar completamente seu programa de armas nucleares, o governo Trump permitirá que o setor privado americano invista no país.
Segundo Pompeo, se um acordo for fechado na reunião de cúpula entre Kim e Trump no dia 12 de junho, “americanos do setor privado” poderiam “ajudar a construir a rede energética que a Coreia do Norte precisa”. Pompeo disse ao Fox News Sunday que os americanos também poderiam ajudar com investimentos em infraestrutura e agricultura.
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Já ao programa Face the Nation, da CBS, Pompeo sugeriu a possibilidade de “alívio de sanções”. Para a senadora da Carolina do Sul Lindsey Graham, o investimento privado ou o alívio de sanções para o Norte seria “o melhor dinheiro que já gastamos”.
Perguntado se os EUA estavam efetivamente dizendo a Kim que “a mudança de regime será cancelada” se ele atender às exigências americanas, Pompeo disse à Fox: “Nós teremos que fornecer garantias de segurança, com certeza”.
* Com informações da Ansa