Pecuaristas de 21 municípios do AM vacinam rebanho contra aftosa

A campanha “Amazonas Sem Febre Aftosa”, coordenada pelo Governo do Amazonas, por meio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf),

faz parte das ações de Defesa Sanitária Animal para promover a erradicação da doença em todo o Estado, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A campanha dos 21 municípios abrange: Apuí, Barcelos, Canutama, Carauari, Eirunepé, Envira, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Lábrea, Manicoré, Novo Airão, Novo Aripuanã, Pauini, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, Guajará, Boca do Acre, São Gabriel da Cachoeira e Tapauá. Esta etapa compreende o maior número de animais que devem ser imunizados contra a doença. A estimativa é imunizar 800 mil cabeças de gado. Em 2017 foram imunizados 823.512 animais, atingindo um índice vacinal de mais de 98% do rebanho vacinado.

Boca do Acre, Apuí e Manicoré, por exemplo, são os municípios que concentram o maior número do rebanho do Amazonas. O município de Boca do Acre ocupa o primeiro lugar no total de 357.792 cabeças de gado. Em seguida, Apuí com 139.039 cabeças de gado e Manicoré, num total de 103.880.

Os animais de todas as idades devem ser vacinados. Somente Boca do Acre e Guajará que seguem o calendário de vacinação do estado do Acre vacinarão apenas bovinos e bubalinos de zero a 24 meses.

Adquirir a vacina- De acordo com o órgão de defesa agropecuária e florestal, a campanha iniciou no dia 1° de maio e segue até o dia (31/05). A vacina pode ser adquirida, em casas agropecuárias credenciadas pela Adaf, ou nos municípios que não possuem esses estabelecimentos, nos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam). O preço médio da dose de vacina oscila entre R$ 1,80 e R$ 2,20.

Reconhecimento- O Amazonas é reconhecido como área livre de febre aftosa com vacinação desde o fim de 2017 pelo Mapa. Ainda este mês está previsto o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE).
“Para os produtores, o reconhecimento vai garantir a abertura de mercado, a valorização do rebanho para o livre comércio de animais, produtos e subprodutos para todo o Brasil e o mundo”, afirmou Sergio Muniz.

Notificação – Além de vacinar o rebanho, os criadores deverão fazer a declaração de vacinação até o dia 15 de junho. “Assim que vacinar, o produtor deve procurar um escritório da Adaf ou do Idam em seu município e notificar a vacinação”, comentou Muniz.

A notificação garante o registro do rebanho no sistema da agência de defesa e o repasse dessa informação ao Mapa comprovando que o rebanho foi vacinado.

Penalidade- Quem não vacina e não notifica está passível a penalidades como a multa. Não pode, ainda, retirar Guia de Trânsito Anima (GTA) – documento obrigatório para o trânsito de animal dentro e fora do Estado -, não pode participar de eventos pecuários e tão pouco transportar os animais para comercialização. No Amazonas, a multa é de R$ 40 por cabeça de gado não imunizado além de mais R$ 300 por propriedade e pagamento dos custos de deslocamento para Adaf realizar a vacinação, de acordo com a Lei nº 2.923, de 27/10/2004, e Decreto nº 25.583, de 28/12/2005.

Calendário de vacinação- Apesar do país está livre da febre aftosa, o calendário de vacinação de cada estado da federação brasileira segue normalmente. No Amazonas, o calendário de vacinação está dividido em duas etapas. Em 41 municípios que compõem, a Calha do Rio Amazonas, são vacinados todos os bovinos e búfalos nos períodos de 15/03 a 30/04 e de 15/07 a 31/08 devem ser vacinados somente os bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade. Já nos 21 municípios, o calendário de vacinação ocorre nos meses de maio e novembro.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/ADAF

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