Filha de Temer depõe na PF sobre corrupção nos portos
A filha do presidente Michel Temer, a psicóloga Maristela Temer, depôs na quinta-feira (03/05) por mais de três horas à Polícia Federal em São Paulo no chamado inquérito dos portos.
Temer é o principal alvo dessa investigação, aberta no ano passado para apurar as propinas para editar um decreto que beneficiava a Rodrimar, empresa com atuação no setor portuário.
Maristela entrou no radar das investigações depois de terem surgido suspeitas de que a reforma da sua casa, na capital paulista, tenha sido custeada em dinheiro vivo pelo coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e que chegou a ser preso temporariamente no curso do inquérito.
Delatores da J&F, holding que controla a JBS, acusaram o coronel de ser um dos intermediários de Temer no suposto recebimento de vantagens indevidas. As defesas de Temer e do coronel negam irregularidades.
O depoimento de Maristela foi colhido pelo delegado Cleyber Malta, que comanda o inquérito, em uma sala reservada no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo.
Recentemente, a PF pediu a prorrogação do inquérito dos portos por mais 60 dias. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, pediu uma manifestação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, antes de decidir se aceita o pedido.