Presidente francês lança campanha de US$ 1 tri para energia solar
O presidente da França, Emmanuel Macron, abriu neste domingo (11/03), ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a conferência de fundação da Aliança Solar Internacional (ISA), com o objetivo de conseguir avanços concretos no desenvolvimento desse tipo de energia entre os países-membros.
A ISA, que conta com o apoio do Banco Mundial, procurará mobilizar até US$ 1 trilhão até 2030 para projetos solares. Para isso, no entanto, Macron disse que é necessário o apoio da iniciativa privada.
Macron fez um discurso para as delegações de 47 países que farão parte da organização e para 23 chefes de Estado presentes no evento de abertura em Nova Délhi. O objetivo da aliança é que as nações desenvolvidas transfiram tecnologia e financiem o desenvolvimento da energia solar em regiões mais pobres do mundo.
“Junto ao primeiro-ministro Modi, gostaria que todos os que tomem a palavra hoje façam anúncios concretos sobre como vão desenvolver a energia solar em seus próprios países. Estamos obsecados com resultados concretos”, enfatizou Macron.
No discurso, o presidente francês se comprometeu a destinar 600 milhões de euros para projetos por intermédio da Agência Francesa de Desenvolvimento, elevando a quantia reservada para a cooperação no órgão para 1 bilhão de euros até 2022.
Modi destacou a importância de tornar a tecnologia disponível para os países mais pobres, e afirmou que é necessário fornecer financiamento para essas nações em condições favoráveis.
O objetivo da aliança é reunir os 121 países situados entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio que tem mais de 300 dias de luz solar ao ano no projeto. Até agora, 61 países já se uniram ao bloco e 32 ratificaram o acordo, informou o primeiro-ministro da Índia.
O pedido de entrada do Brasil na ASI (MSC nº 94/2018) foi encaminhado pela Presidência da República ao Congresso Nacional no dia 26 de fevereiro deste ano e aguarda a apreciação.
A ISA foi promovida pela Índia e apoiada pela França em novembro de 2015, dentro das discussões da Cúpula do Clima de Paris (COP21), e, posteriormente, formalizada em Nova Delhi, em novembro de 2016.