Fazenda Experimental irá produzir sementes de malva para AM
A malva é uma das principais cadeias de produção do estado do Amazonas, mas a produção de sementes locais é um dos gargalos para os produtores. Para resolver a questão, produtores, governo e Ufam concordaram em adotar a Unidade Experimental de Produção de Semente da Fazenda Experimental da Ufam como projeto piloto para a produção de sementes de malva do Amazonas.
A iniciativa já existe desde 2019, mas recebeu o apoio dos empresários do setor de fibras na terça-feira (27), durante a 30ª Reunião da Subcâmara do Setor de Fibras Vegetais, quando eles decidiram conhecer o projeto na Fazenda Experimental da Ufam. Após a reunião, representantes das empresas que trabalham com fibra – Companhia Têxtil Castanhal (CTC), Empresa Indústria de Juta S/A-Jutal, Instituto de Fomento à Produção de Fibras Vegetais da Amazônia do Pará, Secretaria de Produção do Estado do Amazonas (Sepror) e Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) – visitaram a Unidade Experimental.
“A Unidade Experimental de Produção de Semente na Fazenda Experimental é um piloto para a produção desse insumo no estado do Amazonas. A visita teve como objetivo envolver todos os que participam nesse segmento de produção de fibra – pesquisa, extensão e empresas, com a finalidade de buscar alternativas viáveis para futuramente termos polos de produção de sementes nos municípios produtores de fibra”, diz a professora Albejamere Castro, responsável pelo projeto.
A fibra de malva e juta abrange um contingente de pessoas na sua cadeia de produção, desde dos extratores de semente no Pará, produtores de fibra e as empresas de aninhagem. A fibra produzida na Amazônia está presente desde a sacaria do café, estofamento de carro até a produção de sapato, entretanto essa cadeia corre sérios riscos devido à falta de produção de semente e de tecnologia de produção.
“Acreditamos que o trabalho realizado pela Ufam, Sepror e Idam na fazenda experimental possibilitará a criação de indicadores para a produção de sementes no Amazonas e contribuirá para balizar a implantação de polos de sementes”, relata Ana Cecília Lobato, representante e técnica do Idam.
Com mais de 40 anos de experiência com a cultura de malva e juta, o engenheiro agrônomo do Instituto de Fomento à Produção de Fibras Vegetais da Amazônia (Ifibram) Arlindo Leão defende a iniciativa em prol da produção amazonense de sementes de malva. “É preciso iniciar os plantios, pois só iremos saber o quanto produziremos se começarmos”, afirma.