Dia Mundial da Água: água nas torneiras de Manaus passa por rígido controle de qualidade
A Águas de Manaus tem preocupação constante com a qualidade da água que chega às torneiras dos manauaras. Mais de 23 mil análises mensais de controle de qualidade da água são realizadas para garantir que o líquido seja disponibilizado de forma satisfatória para a população.
O processo de controle de qualidade da água também consiste na coleta diária em vários pontos da cidade. A Águas de Manaus possui 734 pontos de coleta distribuídos por todas as zonas da capital. Equipes da empresa percorrem esses pontos, realizando análises presenciais no momento da coleta e também coletando frascos de água que são enviados para análises laboratoriais.
Entre os aspectos analisados estão as análises físico-químicas de cor, turbidez, pH, cloro residual e também microbiológicas como e-coli, coliformes totais, bactérias heterotróficas, para saber se o líquido está dentro dos padrões para ser utilizado pela população. “A água que é distribuída para a população precisa sempre estar dentro das normas e critérios de qualidade e, por isso, obedecemos um rígido controle”, destacou o Coordenador de Tratamento de Água e Esgoto da Águas de Manaus, Eduardo Kale.
De acordo com Eduardo Kale, os processos de tratamento e qualidade da água devem seguir critérios de órgãos reguladores e precisam obedecer, também, normas de transparência para a população. “Estas informações sobre a qualidade da nossa água são disponibilizadas nas faturas e para os órgãos que regulam o nosso serviço, como a Ageman e o Ministério da Saúde”, afirmou o coordenador Eduardo Kale.
Em 2020, foram distribuídos 268 milhões de litros de água por dia na cidade e realizados 279.575 mil análises de água nas ETAs, Reservatórios, CPAs e redes de distribuição ao longo do ano. O relatório com todos os dados anuais foi entregue no mês de fevereiro deste ano aos consumidores nas contas de água. “O processo de análise da qualidade da água é um trabalho minucioso e importante para garantir a manutenção da saúde da população e evitar doenças de veiculação hídrica”, destacou Kale.
Ao todo o sistema de produção de água em Manaus é composto por quatro estações de tratamento de água (ETA´s): duas localizadas na Ponta do Ismael, na Compensa, uma localizada no bairro Mauazinho e uma localizada na Ponta das Lajes, no bairro Colônia Antônio Aleixo. Além disso, 50 Centros de Produção de Águas Subterrâneas (CPAs) complementam o sistema de abastecimento de água da capital. O processo de captação da água consumida pelos manauaras é feito por equipamentos que coletam água do rio Negro. O processo é rígido e diferenciado devido aos sedimentos encontrados nas águas escuras do rio Negro.
Segundo Kale, o processo de tratamento da água consiste na adição de elementos químicos como cal, flúor e polímeros, que removem as impurezas, bactérias e toda a matéria orgânica que faz a água do rio Negro ser escura. Com todos esses cuidados e medidas, a água consumida pelos manauaras está dentro dos padrões de usabilidade e consumo estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
ANÁLISES – A água tratada pela concessionária também passa diariamente por análises no laboratório próprio da concessionária, na Ponta do Ismael, através de processos físico-químicos e microbiológicos, onde são verificados o ph, turbidez, cloro livre, cor aparente, coliformes totais, escherichia coli, presença de metais, presença de microorganismos de origem animal, que podem transmitir doenças de veiculação hídrica (diarreia, amebíase, cólera), obedecendo os padrões do Ministério de Saúde.
É importante destacar a necessidade das análises laboratoriais da água. De acordo com a Coordenadora de Controle de Qualidade de Água e Esgoto da Águas de Manaus, Gessica Oliveira, em média 766 análises em laboratório foram realizadas diariamente no ano de 2020. “A quantidade de parâmetros realizados por ponto é baseada no total de economias abastecidas por cada sistema. A partir disso, distribui-se via sistema informatizado interno, para cada técnico responsável as análises a serem feitas diariamente, entre parâmetros de campo e laboratoriais”, afirmou Gessica.
Gessica destacou também os rígidos critérios de controle e segurança para a realização das análises. “Toda a água distribuída na zona urbana passa por rigorosos controles de qualidade e atende aos padrões definidos pela Portaria de Consolidação 5, de 28 de setembro de 2017 – Anexo XX, do Ministério da Saúde. Cada técnico precisa estar devidamente paramentado com EPI’s para a realização das análises, além de que as amostras deverão estar bem acondicionadas em frascos previamente identificados com número de amostra”, acrescentou.
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