Prefeitura de Manaus detalha reforma administrativa e pagamento do 13º
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, anunciou a antecipação da primeira parcela do 13º salário aos servidores municipais de áreas não essenciais para o dia 15/6.
Cinco categorias que atuam diretamente no enfrentamento ao novo coronavirus na capital já receberam o pagamento do décimo no mês de maio, além de idosos e pensionistas que foram pagos ainda em março. O anúncio foi feito durante uma coletiva on-line com a imprensa, onde também foi detalhada a reforma administrativa da Prefeitura de Manaus, que pode resultar em cortes de até R$ 500 milhões no orçamento municipal, para fazer frente aos efeitos econômicos da pandemia.
Em março, aposentados e pensionistas municipais tiveram a primeira parcela do 13º salário antecipada, aproximadamente, R$ 12,6 milhões. A medida foi tomada para garantir os cuidados necessários aos que estariam no grupo de risco da Covid-19. Em maio, foram pagos outros R$ 23 milhões para as secretarias municipais de Saúde (Semsa), da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Limpeza Urbana (Semulsp), de Comunicação (Semcom) e Casa Militar.
Ao todo, com o pagamento do benefício, a Prefeitura de Manaus injeta na economia local em torno de R$ 83,4 milhões. Dinheiro importante para movimentar o comércio local, que começou a ser reaberto gradualmente.
Sobre as medidas adotadas para encarar uma queda na arrecadação do município de, aproximadamente, 30% a 40%, o prefeito ressaltou a extinção de três secretarias, redução de 110 cargos comissionados, extinção e renegociação de contratos de aluguéis e novas repactuações de contratos com fornecedores, além de uma nova rodada de redução de custeio.
“Manaus tem que caber no que arrecadar, seja qual for a queda na arrecadação. Estamos fazendo o possível para economizar e não perder o controle. Ao final da gestão quero poder entregar uma prefeitura com saúde financeira”, disse Arthur Virgílio, destacando que algumas secretarias podem trabalhar em home office até o final do ano, mesmo quando acabar o decreto nº 4.836/2020, que estende o teletrabalho dos serviços municipais até o dia 30 de junho. “Com isso poderemos reduzir em até 30% os gastos com as contas públicas, como energia, água, telefone e aluguéis”, explicou.