Biblioteca Municipal será reaberta pós-pandemia
O restauro da biblioteca municipal João Bosco Evangelista foi concluído e, tão logo seja possível pôr fim às medidas de isolamento social necessárias nesse período de pandemia da Covid-19, a Prefeitura de Manaus vai entregar mais um prédio histórico ao convívio da população.
“Além da biblioteca municipal, temos em andamento o restauro do prédio da antiga Câmara Municipal, o antigo Hotel Cassina e que será o palácio das startups, bem como a praça Dom Pedro II”, destacou o prefeito Arthur Neto.
O diretor-presidente do Implurb explicou que a prefeitura vem promovendo o restauro arquitetônico de importantes prédios históricos, antes fechados, e que passarão a ser dotados de estruturas com modernas instalações culturais, valorizando o passado e promovendo o encontro com o futuro.
Restauro e acervo
A gestão da biblioteca ficará a cargo da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e o seu acervo integra o Sistema Nacional de Bibliotecas, sendo composto por 32 mil exemplares, divididos entre obras de referência e os temas bibliográficos, como coleções de obras gerais, coleções temáticas amazônicas, infantil, braile e multimídia.
Antes da pandemia do novo coronavírus, todos os exemplares estavam sendo encaixotados para a mudança do espaço temporário localizado na Casa do Restauro, na rua Costa Azevedo, ao novo prédio. O processo precisou ser interrompido por conta das medidas preventivas à propagação do vírus.
História
O prédio datado do início do século 20 é um sobrado de características arquitetônicas ecléticas, quando Manaus experimentou o apogeu do ciclo da borracha.
No edifício, durante muitos anos ficou sediada a “Liverpool School of Tropical Medicine”, instituição fundada em 1898 e primeira no mundo dedicada à pesquisa e ao ensino em medicina tropical. Ao longo do restante do século 20, após o fechamento da escola, o edifício esteve em propriedade de particulares.
Em 1995, o prédio foi desapropriado pela Prefeitura de Manaus. A Biblioteca Pública Municipal teve a sua primeira sede na avenida Joaquim Nabuco, passando a ocupar o endereço na rua Monsenhor Coutinho em 1997.
A biblioteca tem o nome do professor, escritor e poeta João Bosco Evangelista (1938-1973), que foi um dos célebres fundadores do “Clube da Madrugada”. O imóvel foi devidamente recuperado e adaptado para receber o vasto acervo amazônico, periódicos, entre jornais e revistas, e documentos especiais, como obras raras datadas do século 17.