Amazonas tem maior banco de leite humano da região Norte
Com 26 bancos e postos de coleta, na capital e interior, o Amazonas é o estado da região Norte com o maior Banco de Leite Humano, segundo apontou o relatório da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (RBLH), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
São 23 postos de coleta e três bancos de leite no Estado. Em segundo lugar vem o Tocantins, com seis postos e o Pará com quatro bancos de leite. Além do primeiro lugar da região, o Amazonas é selo Ouro por oito anos seguidos, na avaliação da RBLH. O selo reconhece que o Estado manteve a qualidade que a Fiocruz preconiza no tratamento dado ao leite humano coletado.
O Banco de Leite do Amazonas recebeu, de janeiro a maio deste ano, quase 450 litros de leite materno ofertados por 272 mães.
“É um grande feito. Parabéns para a Coordenação Estadual de Saúde da Criança e para as coordenadoras dos nossos bancos de leite, que estão fazendo um belo trabalho. Agradecemos também aos nossos parceiros, tem muita gente engajada, motoristas de táxi, que nos ajudam na coleta, as empresas e as mães doadoras, que conseguem enxergar a necessidade de outras mães que não podem amamentar seus bebês e, num gesto nobre, doam para ajudar salvar a vida de prematuros internados”, disse o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias.
Mães doadoras – A campanha “Presenteie a vida. Doe Leite Materno”, realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam), no período de 17 a 24 de maio, ampliou em 30% número de novas mães doadoras, cadastradas nos bancos de leite de três maternidades da rede estadual – Balbina Mestrinho, Azida Marreiro e Ana Braga.
O crescimento do estoque de leite pasteurizado alcançou um aumento de 75% em maio, quando comparado com o mês anterior. Saindo de 62,4 litros em abril, para 109,8 no mês de maio – reflexo da campanha de aleitamento materno. O acumulado no estoque, conforme os dados do BLH do Amazonas, foi de 391 litros até o final do mês passado.
Diferencial – De acordo coordenadora do Banco de Leite do Amazonas, enfermeira Elizabeth Hardman, o esforço conjunto da equipe e das mães na doação tem sido o diferencial.
“A palavra chave é esforço. Realmente é o resultado de um excelente trabalho que a equipe faz com os diretores e o Governo do Estado. Somos selo Ouro, que é a categoria máxima, pelo oitavo ano consecutivo. Mesmo assim não podemos e não vamos parar. O objetivo é garantir a melhor qualidade de vida e leite humano para as crianças que precisam”, destacou.
Parcerias – A Susam conta com a parceria da Samsung e da P&G, empresas do Polo Industrial de Manaus que mantêm postos de coleta de leite humano. Na campanha desse ano foram doados 3,8 litros. Uma terceira empresa vai integrar a rede em breve, segundo adiantou a coordenadora.
“A Samsung e a P&G, têm um cantinho da amamentação, onde a mulher trabalhadora retira o leite para seu bebê tomar em casa enquanto ela está trabalhando e o excedente é doado ao Banco de Leite”, explicou Elisabeth.
Importância da doação – De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o leite materno doado aumenta as chances das crianças prematuras internadas em maternidades se recuperarem mais rapidamente, além de protegê-las de infecções, diarreias e alergias.
Um pote de leite materno, que contém em média 240 mililitros, pode alimentar até dez recém-nascidos. A campanha nacional foi criada pelo Ministério da Saúde (MS), em referência ao Dia Nacional de Doação de Leite Humano, celebrado no dia 19 de maio.
Como e quem pode doar? – Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um Banco de Leite Humano.
De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171), a doadora, além de apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.
A Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (RBLH) ensina como preparar o frasco para coletar o leite humano. O primeiro passo é a escolha de um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel.
“Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem; Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura)”, destacou a instituição. Após o procedimento, o correto é deixar escorrer a água do frasco e da tampa sem enxugar.
Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam)