20% da população do Amapá, nasceu no Pará
O fisioterapeuta Silvia Tuani, de 33 anos, chegou ao Amapá faz 13 anos para acompanhar o marido e acabou ficando.
Ela construiu lar, família e trabalha em Macapá, de onde diz não pretender mais sair. Silvia é uma das 160 mil pessoas que deixaram o estado vizinho Pará, para morar em terras amapaenses.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os paraenses são os principais responsáveis pelo movimento migratório no estado, representando 20,76% dos moradores. Os amapaenses natos são maioria, 72,73% da população.
Os maranhenses dividem uma fatia de 3,65% dos habitantes que escolheram o Amapá para viver, somando 28 mil. Entre eles está o agente administrativo José Reinaldo Alves, de 58 anos, que chegou na época do ex-Território Federal do Amapá.
“Cheguei em 23 de março de 1985, com a esperança de melhorar de vida, de conseguir um bom emprego e vim no momento certo. Na época o Amapá era ex-território e o serviço público precisava de gente para compor o quadro. No Maranhão a vida era difícil, eu trabalhava na roça. Vou completar 35 anos aqui no estado”, contou o maranhense.
A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo IBGE sobre migração é de 2015. O analista técnico do instituto, Joel Lima, informou que ainda este ano deve ser divulgada a mostra referente a 2016.
A tendência, segundo ele, é de queda do índice em relação ao número de pessoas não nascidas no estado.
“A população amapaense é de pouco mais de 790 mil habitantes. Acompanhando o processo migratório no estado, avalio que a tendência é de redução, como já vem ocorrendo em todo o Brasil. A não ser que ocorra um fato imprevisto, como em Roraima, por causa da crise na Venezuela”, explicou.
Ainda segundo a pesquisa, o Distrito Federal é a localidade com maior número de residentes não naturais, com 45,73% de moradores provenientes de outros estados brasileiros.
Em segundo lugar aparece Rondônia, com 42,64%. Entre os estados da federação, o Amapá figura na oitava posição, tendo à frente ainda Acre, Amazonas, Roraima e Pará.